O presidenciável Jair Bolsonaro (PSL) afirma que a paralisação dos caminhoneiros já chegou ao seu ápice e precisa acabar. “Não interessa a mim, ao Brasil, o caos agora”, afirmou.
Em entrevista à Folha, o deputado negou ter ligação com suas lideranças, especulação que cresceu nos últimos dias devido à presença frequente de apoiadores de sua candidatura entre os manifestantes.
Por “caos” ele exemplificou a ideia de derrubada do presidente Michel Temer (MDB). “Se faltasse um ano e meio, dois, três, tudo bem, pô”.
Bolsonaro repeliu a defesa de intervenção militar esposada por vários dos caminhoneiros em faixas, grupos de WhatsApp e bloqueios. “Se tiver de voltar [os militares], que volte pelo voto”, disse, para não “dar essa bandeira para o PT dizer que foi golpe, porque aí foi golpe mesmo”, afirmou.
O presidenciável falou pela primeira vez na paralisação em sua conta no twitter na segunda-feira, 21). Ele deu apoio aos caminhoneiros e prometeu revogar eventuais multas caso eleito em outubro, mas criticou os bloqueios.
Sua inflexão pelo fim do movimento ocorre no momento em que estão se agudizando os efeitos do desabastecimento em centros urbanos.
A modulação está em linha com o que defendem alguns de seus estrategistas, que temem a associação da imagem do deputado à de um radical.
Com informações Folha de São Paulo