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Páginas do Facebook usam fotos de crianças doentes para ganhar dinheiro

O Facebook deletou duas contas que usavam fotografias de uma criança doente, na rede social afirmando que o menino tinha câncer, sem a autorização da família.

As fotos eram usadas para atrair usuários e roubar dados deles ou para envio de publicidade.

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A postagem falsa afirmava que se os usuários curtissem e comentasse a foto o Facebook doaria dinheiro para criança que precisava passar por uma cirurgia. Nas fotos o menino aparece doente e com várias manchas pelo corpo.

A publicação teve mais de um milhão de compartilhamentos e centenas de milhares de pessoas reagindo- curtindo ou comentando.

A mãe do menino, Sara Allen, acredita que as fotos foram retiradas, de notícias que saiam na mídia, quando Jasper teve um caso grave de catapora, em agosto do ano passado. A enfermidade dele chamou atenção da imprensa na época justamente pela gravidade do problema.

A mãe do menino chegou a fazer campanhas pressionado o governo do Reino Unido, pela gratuidade da vacina.

“Nos alertaram de que isso poderia acontecer porque a busca por catapora no Google sempre resgata as imagens dele. Então estavos cientes que isso poderia ocorrer, mas não desta forma, dizendo que ele tem câncer”, disse Allen.

Reclamação

A mãe do menino afirmou que alguns amigos viram a foto de Jasper e entraram em contato pedindo se ele estava com câncer. Allen disse ainda que enviou diversas mensagens ao Facebook com reclamações sobre direito autoral de imagem.

No dia 10 de fevereiro a rede social respondeu afirmando que havia cancelado as contas por que elas infringiram suas regras. Porem segundo a mãe as contas voltaram a ficar áticas 24 horas depois.

A princípio, a empresa apenas eliminou as publicações fraudulentas sobre Jasper, mas depois cancelou definitivamente as contas associadas a essas publicações.

Pratica recorrente

Além disso, foi identificado que as mesmas contas estavam difundindo informações com textos idênticos, mas com fotos de outras crianças.

Algumas publicações diziam que as crianças tinham câncer, outras mostravam elas nos hospitais e afirmavam que os usuários que não curtissem teriam má sorte.

Segundo o especialista em cibersegurança Graham Cluley, o problema é que   “ a maioria das pessoas acredita em tudo o que vê na internet, deveriam ser mais cuidadosos no que curtem e compartilham nas redes”.

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