O prefeito João Rodrigues é alvo de um inquérito instaurado pelo Ministério Público Federal (MPF) para apurar se medidas tomadas pela prefeitura de Chapecó favoreceram a transmissão da Covid-19 e colaboraram para a crise sanitária enfrentada entre fevereiro e março deste ano, quando a região Oeste vivenciou colapso no sistema de saúde.
A informação foi divulgada pelo colunista Lauro Jardim, do jornal O Globo. A publicação aponta que o MPF destaca que os boletins epidemiológicos demonstram “claramente a evolução do contágio por Covid-19 no período imediatamente seguinte aos atos do governo municipal” e que “centenas de vidas foram perdidas nos primeiros meses do ano de 2021, possivelmente pela total impropriedade dos atos editados pelo prefeito municipal”.
O colunista ainda ressalta que o prefeito defendeu o “tratamento precoce”, com indicação de remédios que não têm eficácia contra a Covid, e flexibilizou as medidas de distanciamento social no início do ano, em meio ao crescimento de casos da doença.
O que diz o prefeito
João Rodrigues disse à colunista Dagmara Spautz, do site NSC Total, que soube da investigação pelo jornal O Globo, e contestou as informações do inquérito. “É infundada, improcedente, inconsequente e injusta essa manifestação”, afirmou.
O prefeito disse que a flexibilização feita em Chapecó seguiu as mesmas regras das demais cidades catarinenses. Também afirmou que as decisões a respeito da gestão da pandemia foram tomadas de forma colegiada, em um grupo que contava com médicos, representantes de hospitais, entidades empresariais e órgãos públicos.
“Chapecó nunca teve protocolo [de tratamento precoce]. Apoiamos sim os médicos que tiveram a iniciativa de fazer o tratamento precoce. E outros médicos fizeram os protocolos normais, sem tratamento precoce. Não proibimos, apoiamos o que os médicos desejavam fazer, completou João Rodrigue, segundo a colunista Dagmara Spautz.
Com informações NSC Total