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Mais transmissível, sublinhagem BA.5 da Covid-19 pode se tornar dominante em SC

A sublinhagem BA.5 da Covid-19 é mais transmissível que as sublinhagens anteriores, BA.1 e BA.2, e pode se tornar dominante em Santa Catarina nas próximas semanas. A informação foi divulgada no boletim de vigilância genômica do Lacen (Laboratório Central de Saúde Pública) desta terça-feira (14).

Até o momento foram confirmados dois casos da BA.5, sendo o primeiro em Balneário Camboriú e o segundo em Florianópolis, ambos identificados no fim de maio. Caso a sublinhagem avance no Estado, poderá provocar aumento na taxa de positividade de testes para a Covid-19, que já é de 25%.

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As mutações da BA.5 fazem com que ela tenha uma vantagem de disseminação maior que BA.1 e BA.2, o que pode ser causada principalmente por evasão imunológica.

A sublinhagem da Ômicron BA.5 foi detectada inicialmente na África do Sul em fevereiro de 2022 e, desde então, tornou-se uma variante dominante no país. Ela está em ascensão na Europa, segundo o Centro Europeu de Prevenção e Controle de Doenças.

Cenário da doença no Estado

Segundo a Secretaria de Estado da Saúde, foram identificados 89 tipos de linhagens do vírus SARS-CoV-2 circulantes em Santa Catarina desde o início da pandemia, 27 linhagens correspondendo a variante Ômicron.

Em relação à circulação das diferentes sublinhagens da Ômicron, até o dia 12 de março a sublinhagem BA.1 era predominante. Já a partir do dia 13 a sublinhagem BA.2 passou a dominar, com o declínio das infecções pela BA.1.

Estudos demonstram que a BA.2 tem uma vantagem de crescimento sobre a BA.1, sendo ainda mais transmissível, podendo inclusive causar reinfecções em menor espaço de tempo.

Em relação à gravidade da doença provocada pela sublinhagem BA.2, pesquisas apontam que populações não vacinadas recentemente, sem a dose de reforço, e principalmente idosos que sofrem o fenômeno da imunossenescência (declínio da função imunológica), podem evoluir para formas mais graves.

Forma recombinante XQ

A partir de 24 de abril, foram identificadas as novas sublinhagens, além da BA.5, a BA.2.12.1 e a forma recombinante XQ.

A BA.2.12.1 é uma sublinhagem que tem provocado um aumento de casos e mortes por Covid-19 nos Estados Unidos. Os Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos divulgaram dados neste mês que mostram que BA.2.12.1 é 30% mais infeccioso do que BA.2.

Essa sublinhagem foi confirmada circulando no Estado pela primeira vezem São José. Além desse, já foram confirmados mais dois casos em Joinville.

A XQ, é uma linhagem recombinante, que mistura genoma de duas linhagens da variante Ômicron BA.1.1 e BA.2. A maior parte dos casos da variante XQ foram detectadas no Reino Unido, sendo responsável em sua maioria por casos leves quando infecta pessoas vacinadas. No Brasil, o Rio Grande do Sul é oEestado com maior transmissão comunitária dessa variante.

Em Santa Catarina, já foram detectados cinco casos da variante XQ, sendo 2 em Florianópolis, 2 em Tubarão e 1 em Joaçaba, a partir da primeira semana de maio.

Reinfecções

Foram confirmadas 49 reinfecções de SARS-CoV-2 entre moradores de Santa Catarina. Dessas, 39 reinfecções foram pela Ômicron, cinco pela Delta, quatro pela Gama e 1 por B.1.1.28. Segundo o Boletim Epidemiológico Especial Nº 116 do Ministério da Saúde, Santa Catarina é o estado com mais reinfecções registradas e notificadas.

Morte de bebê por falta de leito de UTI é investigada

Um bebê de dois meses morreu no Hospital Infantil Joana de Gusmão, em Florianópolis, na madrugada do último sábado (11), após sofrer três paradas cardiorrespiratórias.

A SES (Secretaria de Estado da Saúde) investiga se a morte pode ter ocorrido pelo fato do recém-nascido não ter sido transferido para um leito de UTI.

O painel de leitos de UTI oferecidos pelo SUS, atualizado na manhã desta segunda-feira (13), mostra que todos os 29 leitos ativos da unidade estão ocupados.

Por meio de nota, a SES informou que até o momento, não há confirmação de que a criança tenha morrido por não ter sido transferida para uma UTI.

A SES disse ainda que está em contato com o hospital para entender a situação clínica do recém-nascido desde a entrada na unidade até o momento do óbito. O bebê já havia sido internado em outra ocasião.

Segundo a pasta, a morte foi causada por uma bronquiolite, que é uma infecção nos bronquíolos, ramificações dos brônquios que levam oxigênio aos pulmões.

Com informações ND Mais 

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