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Mãe que causou o acidente e tentou matar a filha é condenada a 19 anos e quatro meses de prisão

O júri da mulher que causou o acidente e tentou matar sua filha de dois anos, ao cortar a frente de um caminhão na BR-386, no dia 17 de maio, foi realizado na tarde desta quarta-feira, dia 17, no Fórum de Lajeado (RS).

O julgamento teve início às 13 horas e se estendeu até às 19h45. A acusação solicitava a condenação da ré por tentativa de homicídio múltiplo, envolvendo sua filha e os demais envolvidos no acidente. Por outro lado, a defesa buscava a absolvição alegando abuso psicológico por parte de seu ex-companheiro, e pai da criança.

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Durante as mais de seis horas de julgamento foram ouvidas quatro testemunhas, o Ministério Público, representado pelo promotor de justiça Diego Prux, e o advogado de defesa José Felipe Lucca.

Ana Alice Albaneze Gregório, de 34 anos, falou publicamente pela primeira vez após o fato acontecido. Ela foi interrogada pelo seu advogado de defesa e pelos sete jurados presentes no Fórum da Comarca de Lajeado.

Em seu discurso, a mãe alegou que era abusada emocionalmente pelo seu ex-companheiro e pai da criança. Conforme ela, o relacionamento foi “extremamente tóxico”, e que, durante o período de convivência, ela não conseguiu perceber.

Em seu depoimento, relatou o que teria acontecido no dia. “Havíamos combinado de nos encontrarmos na casa dele. Quando cheguei lá, encontrei ele com outra mulher. Naquele momento me senti um lixo. Fui desesperada para o carro, pensando somente em acabar com a minha vida. Naquele momento, ele veio até mim e disse que não seria capaz de fazer nada”, relata.

Após isso, a mãe se deslocou até a creche, o que segundo ela, não se recorda. “Eu saí da casa dele e não lembro mais de nada, só conseguia pensar que não poderia deixar a minha filha nas mãos dele”, conta.

O corpo de Jurados decidiu pela condenação da ré, que foi sentenciada pela Juíza Carmen Luiza Rosa Constante a 19 anos e quatro meses de prisão em regime fechado, por tentativa de homicídio, com agravante de motivo torpe.

Após o julgamento a acusada retornou ao Presídio Madre Pelletier, em Porto Alegre (RS), onde já estava detida.

Com informações Grupo Independente

 

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