Desde 2015, quando superou os 10%, a inflação no Brasil está caindo.
Para quem se lembra dos patamares nefastos que já chegamos a atingir no país, em um passado não tão distante, é uma sinalização positiva.
Em 2017, há uma redução na expectativa de inflação a cada mês que passa. Pela sexta vez consecutiva, o indicador baixou, agora de 3,46% para 3,38% no ano.
Bom, não é?
Mas por que então não sentimos isso quando vamos às compras do dia a dia? Nos supermercados, os preços parecem os mesmos, o dinheiro não atende a demanda das famílias. Nosso orçamento doméstico não diminui
São algumas as explicações.
Antes de nada, inflação baixa não é redução de preços e sim uma estabilidade de valores entre um mês e outro. Significa um controle no aumento
E como vivemos recentemente picos de inflação, em torno dos dois dígitos, nós consumidores temos a percepção comprometida, pois os preços permanecem altos e o nosso poder de compra se mantém igual, defasado.
E é claro, o brasileiro está com sua renda comprometida. Quase 14 milhões sem emprego, muitas dúvidas, muitas incertezas. O resultado é o freio de mão puxado.
Deflação
Tivemos no mês de junho uma deflação, ou seja, uma queda nos preços de produtos e serviços.
Não é comum na história recente do país, pelo contrário. Aconteceu apenas entre julho e setembro de 1998, há 19 anos, em um período conturbado da economia mundial.
Coisa boa, não é isso o que queremos? Não é bem assim, dizem os especialistas.
A deflação mostra que nossa economia ainda não superou a recessão, que a nossa economia é ainda um mar de incertezas. Com os consumidores comprando menos, as empresas são obrigadas a reduzir os preços.
Ou seja, é um circulo vicioso ao contrário. Os preços baixam porque há menos consumo e menos consumo trava a produção. Travando a produção, menos emprego, menos renda.
Meio Termo
Nem deflação, nem inflação elevada.
O Brasil precisa é recuperar a renda do cidadão e garantir um poder de compra adequado, que sustente a economia e a faça girar, em todos os setores, sejam eles públicos ou privados.
É preciso diminuir o desemprego no país e inserir mais gente no mercado de consumo, alavancando o desenvolvimento.