O prosseguimento das obras em rodovias federais em Santa Catarina poderá sofrer um novo golpe com o forte aumento dos insumos comercializados pela Petrobrás. O preço do asfalto, que registrou reajuste em 2020 entre 15% e
25%, nos quatro primeiros meses deste ano teve elevação de 34%.
O presidente da Associação Catarinense dos Empresários de Obras Públicas, Wagner Sandoval Barbosa, estes inesperados aumentos poderão prejudicar também os atuais e novos contratos de execução, restauração e recuperação de estradas estaduais. No ano passado, foram atualizados alguns contratos, mas os índices de 2021 poderão ter dificuldades de atualização.
O problema tem dimensão nacional e preocupa o comando do Dnit em Brasilia. O Departamento administra hoje 62 mil km de estradas, das quais 54 mil km são pavimentados. E, o pior desafio, 91% dessa grande malha rodoviária tem atualmente contratos de manutenção.
Sandoval Barbosa aponta outro problema grave que pode afetar os contratos com empreiteiras que envolvem obras de arte. É que o aço teve aumento acumulado de 110% nos últimos meses.
Estes reajustes representam mais uma pesada adversidade no sistema rodoviário, atingindo tanto o federal como o estadual. As rodovias federais estão atrasadas há anos e muitas das estaduais deterioradas e até intransitáveis.
Com informações Moacir Pereira