Um homem dormiu sobre a linha do trem e precisou ser acordado pelo maquinista, em Jaboatão dos Guararapes, no Grande Recife (veja vídeo acima). O caso aconteceu na manhã desta sexta (7), no ramal Cajueiro Seco-Curado, do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), parte do Metrô do Recife.
O homem estava entre as estações Jorge Lins e Curado, da linha a diesel do sistema de metrô. Um vídeo enviado ao g1 mostra o momento em que o trem chega. É possível ouvir a buzina do veículo.
Depois, chegam um homem e uma criança e, posteriormente, o homem que estava dormindo se levanta e sai do trilho, caminhando lentamente. Segundo testemunhas, ele aparentava estar bêbado.
Em entrevista ao g1, o maquinista do trem, José Carlos Purificação de Barros, disse que às 7h53 ele viu o homem e, inicialmente, pensou que estava morto e tinha tido o corpo colocado na linha do trem.
“Acionei o botão de emergência e comuniquei à Central de Controle. Pensei que estava morto, mas buzinei e ele se mexeu. Fiquei com medo de ser uma emboscada e, por um tempo, fiquei observando o homem”, contou o maquinista.
José Carlos disse que pediu ajuda a um homem que passava pelo local com uma criança.
“Perguntei se estava respirando e ele disse que sim. Buzinei várias vezes, até ele acordar. Aí ele se levantou meio zonzo e se retirou da via. Depois disso, seguimos viagem”, disse.
Segunda situação parecida
O maquinista José Carlos trabalha há 13 anos na CBTU. Apesar de também operar trens elétricos, é no VLT a diesel que ele se sente mais confortável.
Ele contou que essa não foi a primeira vez que passou por uma situação assim. Em 2019, uma mulher se deitou na linha do trem enquanto operava o comboio.
“Uma mulher se deitou sobre os trilhos. Parei o trem e pedi para o segurança que estava comigo prestar assistência. A comunidade se envolveu e convenceu a mulher a sair do local”, declarou.
O coordenador operacional do Metrô do Recife, Salvino Gomes, disse que propôs à CBTU uma homenagem ao maquinista, o que foi aceito.
“É um profissional que estava extremamente atento ao trabalho dele, e não só uma vez. Foram atos de humanidade, de altruísmo envolvendo esse profissional”, afirmou Salvino Gomes.
Com informações G1