Por volta das 19h30 da segunda-feira, 10 de novembro de 1998, Caçador era destruída por uma intensa tempestade. A cidade ainda se recuperava de uma das maiores enchentes da sua história, um ano antes, quando ventos fortes e enormes pedras de granizo deixaram um rastro de casas destelhadas, árvores caídas e vidraças despedaçadas que se estendeu desde o trevo da saída para Rio das Antas até o Centro, abrangendo a região da Prefeitura e o prédio da UnC, na época (atualmente, Uniarp).
Mais de 1200 construções em Caçador foram atingidas nos cerca de 20 minutos do temporal. De acordo com dados da Defesa Civil, pelo menos 30 casas e prédios foram completamente destruídos pela força do vento e granizo.
Caçador ficou sem energia elétrica, água e telefone devido à queda de inúmeros postes de energia e danos na fiação.
O Colégio Cenecista Marcos Olsen teve boa parte do telhado arrancada. No Paulo Schieffler, duas árvores caíram a atingiram salas de aula.
O prédio da Prefeitura foi bastante castigado. Diversas salas foram atingidas e documentos perdidos. A catedral São Francisco de Assis teve telhas arrancadas.
No antigo hospital Jonas Ramos, boa parte do telhado foi arrancada, equipamentos e quatros ficaram molhados, obrigando assim, a transferência de uma boa quantidade de pacientes para o Maicé.
Na UnC, toda a vidraça das janelas de uma das laterais foi quebrada pelo impacto das pedras de granizo.
Pedaços de telhas de amianto e de barro, madeira, pregos restos de construção ficaram espalhadas pelo chão em várias ruas da cidade.
Empresas, situadas na região Central do Município, foram duramente castigadas. Um dos exemplos é a Tupy, ao lado do Clube das Bochas. No antigo Dom Porquito, às margens do Rio do Peixe e na antiga Berardi, próximo dali, inúmeras telhas foram arrancadas.
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O muro e o telhado das arquibancadas do estádio Municipal foram derrubados. No DER, a academia Tonus foi destruída.
Centenas de carros tiveram danos por causa das pedras, mesmo aqueles que estavam abrigados em garagens. Já no interior, perdas inestimáveis nas plantações de pêssego, cebola, uva e tomate.
Após o temporal, uma grossa camada de granizo ficou acumulada pelas ruas da cidade, cobrindo os fios de energia elétrica e restos de construções arrancados pela força do vento.
Região
Também foram atingidos os municípios de Videira, Campos Novos, Pinheiro Preto, Canoinhas, Tangará e Três Barras.
O dia seguinte
O caos tomou conta da cidade que, no dia seguinte, ficou sem telhas e vidros nas lojas de materiais de construção. Aos poucos, a comunicação foi se restabelecendo, a energia elétrica também e o fatídico 10 de novembro de 1998 restando na história.
Estado de calamidade
No dia 11 de novembro, através do Decreto nº 1845 de 11 de novembro de 1998, o prefeito Onélio Menta decretou Estado de Calamidade Pública por conta dos estragos causados pelo temporal.
DECLARA “ESTADO DE CALAMIDADE PÚBLICA”, NO MUNICÍPIO DE CAÇADOR.
O PREFEITO MUNICIPAL DE CAÇADOR, Usando das suas atribuições legais, nos termos da Lei Estadual nº 10.925, de 22 de setembro de 1998 e ainda, tendo em vista o estado em que se encontra o Município de Caçador, devido ao vendaval, acompanhado de chuva de granizo, ocorrido no dia 10 de novembro de 1998, causando queda de arvores, postes de energia elétrica, destelhamento de inúmeras residências, estabelecimentos comerciais, industriais, escolares e o Hospital Jonas Ramos, em consequência resultando sérios danos às áreas de saúde, educação, distribuição de energia elétrica, distribuição de água, comunicações telefônicas, e graves prejuízos materiais à população, ao comércio, à indústria, à agricultura e edifícios públicos do Município, DECRETA:
Art. 1º – É reconhecida no município de Caçador, Estado de Santa Catarina, a existência de Estado de Calamidade Pública. Ver tópico
Art. 2º – Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação. Ver tópico
Gabinete do Prefeito Municipal de Caçador, em 11 de novembro de 1998.
ONÉLIO FRANCISCO MENTA
Prefeito Municipal