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Greve dos bancários fecha agências no país nesta terça-feira

Bancários de todo o país devem entrar em greve a partir desta terça-feira (6) por tempo indeterminado, segundo a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf). A paralisação foi aprovada em assembleia na última quinta-feira (1º). No início do dia, pelo menos 20 estados e o Distrito Federal tinham agências fechadas.

Veja a situação em cada estado e no DF

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Acre
Agências bancárias de Rio Branco e interior do Acre aderiram à paralisação nacional que começou nesta terça-feira (6). O Sindicato ainda não soube informar quantas agências devem paralisar e ainda organizam o movimento.

Amazonas
A greve vai afetar o funcionamento de agências em Manaus e no interior do estado. Ainda não há estimativa de quantas agências já tiveram as atividades afetadas. Um levantamento do Seeb-AM aponta que Manaus tem 94 das quase 168 agências bancárias do estado. Ao todo, há mais de 3 mil bancários no Amazonas. Cerca da metade atua na capital.

Alagoas
Apesar de começar oficialmente nesta terça, a greve dos bancários já gerava transtornos para os usuários de Maceió desde à tarde da véspera, quando se formaram filas nas salas de atendimento de algumas agências por causa da falta de dinheiro nos caixas eletrônicos.

Amapá
Bancários do estado iniciaram greve por tempo indeterminado nas agências de todos os municípios. O sindicato local informou que não há previsão de quantas das 42 agências serão abrangidas pelo movimento no estado. Elas equivalem a 852 bancários. Segundo a categoria, 30% do efetivo continuam desempenhando as atividades nas instituições financeiras.

Bahia
Os funcionários de bancos entram em greve a partir desta terça-feira (6) em toda a Bahia, de acordo com o Sindicato dos Bancários. A paralisação acompanha o movimento nacional da categoria e foi deflagrada em assembleia na quinta-feira (1º).

Ceará
Os bancários iniciaram greve no Ceará nesta terça-feira (6) por tempo indeterminado. O Sindicato dos Bancários do Ceará não soube informar quantas agências aderiram à paralisação.

Trabalhadores em greve estão concentrados no Centro da capital, na Praça do Carmo, e devem seguir pela Rua Barão do Rio Branco. Segundo o sindicato da categoria, são mais de 10 mil bancários em mais de 500 agências no estado.

Goiás
De acordo com o Sindicato dos Bancários do Estado de Goiás, 60% das agências de bancos públicos e privados em Goiânia e no interior estarão com o atendimento suspenso.

Segundo o presidente do sindicato, Sérgio Luiz da Costa, vários serviços serão afetados pela greve. “A expectativa é que o primeiro dia de greve já comece com uma movimentação bem forte. Estarão suspensos os serviços que os clientes utilizam dentro das agências, relacionados ao FGTS, seguro desemprego, contratos, revalidação de senha de cartão, abertura de contas, vendas de produtos, entre outros”, afirmou.

Espírito Santo
Os bancários do Espírito Santo também decidiram entrar em greve. O Sindibancários foi procurado pelo G1, mas, por enquanto, não soube informar quantas agências aderiram à paralisação. Um levantamento será feito ao longo da manhã, e a expectativa é que o número seja divulgado ao meio-dia.

Distrito Federal
Por causa da paralisação nacional, agências amanheceram com cartazes afixados indicando a mobilização, que vai reduzir os serviços nas agências. A categoria reivindica aumento de 15% (sendo que 10% são para cobrir perdas com inflação e 5% representariam aumento real).

Pela estimativa do Sindicato dos Bancários de Brasília, existem cerca de 600 unidades de atendimento em todo o DF, onde trabalham 30 mil bancários. Até as 7h16, o sindicato não estimou quantas agências foram fechadas nem o número de trabalhadores que aderiram à paralisação. O piso da categoria é de R$ 1,9 mil.

Mato Grosso
Os bancários de Mato Grosso entraram em greve a partir desta terça-feira para reivindicar reajuste salarial de 14,78%, além de melhores condições de trabalho e investimento em segurança. Segundo o Sindicato dos Bancários de Mato Grosso (SEEB-MT), apenas 30% do efetivo será mantido durante o período de greve, no entanto, os clientes terão acesso somente ao serviço de autoatendimento nos caixas eletrônicos.

Minas Gerais
Bancários de 27 agências do Norte de Minas Gerais aderiram à greve que teve início nessa terça-feira (6). Luiz Carlos Rocha Caldeira, presidente do sindicato que representa a categoria em 74 municípios da região, afirma que o levantamento é inicial e que mais profissionais devem aderir ao movimento. Em Montes Claros, houve a adesão de profissionais dos Bancos do Brasil, Nordeste, Bradesco e Caixa Econômica.

Pará
Em toda Região Metropolitana de Belém, na porta das agências bancárias o aviso anunciava que não haveria expediente. A última paralisação dos bancários ocorreu em outubro de 2015 e teve duração de 21 dias, com agências de bancos públicos e privados fechadas em todo o Brasil.

O Sindicato dos Bancários em Santarém, no oeste do Pará, também aderiu à greve nacional da categoria.

Paraíba
Os bancários da Paraíba iniciam nesta terça-feira (6) uma greve geral por tempo indeterminado. Com a paralisação, os serviços bancários oferecidos pelas agências passam a funcionar com apenas 30% da capacidade. A decisão pela greve foi feita em assembleia específica, realizada na noite de quinta-feira (1º), na sede do Sindicato do Bancários da Paraíba, em João Pessoa.

Paraná
Bancários de Curitiba e Região Metropolitana também entraram em greve por tempo indeterminado a partir desta terça.

Piauí
Os bancários do Piauí seguiram orientação nacional e entraram em greve por tempo indeterminado a partir desta terça-feira (6).

Rio de Janeiro
Os bancários iniciaram greve nacional por tempo indeterminado e em Petrópolis, na Região Serrana do Rio, a categoria vai adotar uma espécie de rodízio. As agências vão alternar a abertura para atendimento ao público. Nesta terça, Bradesco, Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal ficam fechadas. Os trabalhadores reivindicam uma série de melhorias, entre elas, reajuste salarial.

No Norte Fluminense, 85% da categoria entrou na paralisação, de acordo com o presidente do sindicato, Hugo Diniz, 85% da categoria entrou na paralisação. Das 60 agências da região, 45 se encontram fechadas. Segundo o sindicato, a adesão em São João da Barra e Campos dos Goytacazes, que têm 45 agências, é de 100%. A greve é por tempo indeterminado.

Rio Grande do Norte
Bancários do Rio Grande do Norte aderiram à paralisação nacional da categoria e decidiram entrar em greve nesta terça-feira (6).

Rio Grande do Sul
O número de agências fechadas será divulgado durante a tarde, de acordo com o Sindicato dos Bancários de Porto Alegre e Região.

Além da Região Metropolitana de Porto Alegre, as agências das principais cidades do interior, como de Santa Maria, Uruguaiana, Bagé, Passo Fundo, Rio Grande e Santa Rosa, devem aderir à greve. Em Pelotas, o sindicato espera que metade das 32 agências permaneça de portas fechadas.

Santa Catarina
Funcionários da Grande Florianópolis se reunirão nesta manhã, diante do Banco do Brasil, em frente à Praça XV, no centro da capital, para deliberar as ações do início da greve da categoria nos 23 municípios da região. Segundo o sindicato da região, municípios do Sul catarinense devem entrar em greve na quinta-feira (8).

São Paulo
Bancários de capital paulista e da Grande São Paulo também aderiram à greve nacional e paralisaram as atividades por tempo indeterminado a partir desta terça-feira (6). Entre outras reivindicações, a categoria pede um reajuste salarial de 14,78%, mas os bancos oferecem apenas 6,5%. Sem acordo após cinco rodadas de negociação, os trabalhadores decidiram cruzar os braços.

Agências bancárias de Sorocaba e região também aderiram à paralisação nacional. Segundo o presidente do sindicato da categoria, Júlio Camargo, a greve fechar 300 agências em 40 municípios da região.

Na Baixada Santista, a estimativa de Eneida Koury, presidente do SEEB Santos, é que 90% das agências de Santos fiquem fechadas para atendimento a partir desta terça-feira. Nas outras oito cidades da região, cerca de 70% das unidades devem fechar as portas.

Tocantins
O sindicato informou que 30% do serviço será mantido, conforme estabelece a legislação. Os bancários devem manter os caixas eletrônicos funcionando e garantir que os depósitos sejam recolhidos, por exemplo.

Reivindicações
A categoria rejeitou a proposta da Fenaban (Federação Nacional dos Bancos) de reajuste de 6,5%  sobre os salários, a PLR e os auxílios refeição, alimentação, creche, e abono de R$ 3 mil. Os sindicatos alegam que a oferta ficou abaixo da inflação projetada em 9,57% para agosto deste ano e representa perdas de 2,8% para o bolso de cada bancário.

Os bancários querem reposição da inflação do período mais 5% de aumento real, valorização do piso salarial, no valor do salário mínimo calculado pelo Dieese (R$ 3.940,24 em junho), PLR de três salários mais R$ 8.317,90, além de outras reivindicações, como melhores condições de trabalho.

Segundo a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban, o braço sindical dos bancos), a proposta representa um aumento, na remuneração, de 15% para os empregados com salário de R$ 2,7 mil, por exemplo. Para quem ganha R$ 4 mil, o aumento de remuneração será de 12,3%; e, para salários de R$ 5 mil, equivale a 11,1%. O piso salarial para a função de caixa, com o reajuste, passaria a R$ 2.842,96, por jornada de 6 horas/dia.

“É importante ressaltar que as soluções encontradas na mesa de negociação variam conforme a conjuntura econômica e que a proposta apresentada neste ano responde a condições específicas pela qual passa a economia brasileira”, diz a entidade.

Atendimento
Em nota, a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) lembra que os clientes podem utilizar os caixas eletrônicos para agendamento e pagamento de contas (desde que não vencidas), saques, depósitos, emissão de folhas de cheques, transferências e saques de benefícios sociais.

Nos correspondentes bancários (postos dos Correios, casas lotéricas e supermercados), é possível também pagar contas e faturas de concessionárias de serviços públicos, sacar dinheiro e benefícios e fazer depósitos, entre outros serviços.

Greve passada
A última paralisação dos bancários ocorreu em outubro do ano passado e teve duração de 21 dias, com agências de bancos públicos e privados fechadas em 24 estados e do Distrito Federal. Na ocasião, a Fenaban propôs reajuste de 10%, em resposta à reivindicação de 16% da categoria.

wpp

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