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Gestão do Capital Intelectual XI – Por Adelcio Machado dos Santos

 

 

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Do ponto de vista interno da organização, pode-se somar como vantagem de investimento realizado para a mensuração do capital intelectual o fato de o conhecimento do capital intelectual identificar os recursos necessários em ativos intangíveis cujo desconhecimento, por vezes, pode impedir a consecução de um planejamento estabelecido.

De acordo com Antunes (2000), isso significa que o planejamento estratégico pode ser prejudicado pelo fato de depender de certos elementos intangíveis e a empresa não apresentar uma certeza de que dispõe ou não de tais recursos e, em caso positivo, a quantidade e a possibilidade de geração futura.

Através do conhecimento do capital estrutural, conforme indicado no modelo de Edvinsson e Malone (1998 apud ANTUNES, 2000), pode-se distinguir diferenças entre criação de patentes, desenvolvimento de novos designs e desenvolvimento de novos produtos, passando a identificar as vantagens competitivas que cada um desses elementos possui.

Outra vantagem obtida por meio da mensuração do capital intelectual diz respeito a situação na qual é necessário que a empresa efetue redução de número de funcionários.

Em uma situação como essa, o conhecimento do capital humano, impede que os corte afetem as pessoas com conhecimentos valiosos para a organização. Nesse sentido, são positivos os programas de demissões voluntárias, desenvolvidos por muitas empresas.

Ademais, Antunes (2000) sustenta que o conhecimento do capital humano também contribui para as decisões de investimentos em treinamento. Uma empresa que possui um relatório de capital humano pode optar melhor pelo treinamento mais adequado, levando em conta as necessidades identificadas em seus ativos humanos, assim como proceder a uma avaliação posterior, no intento de mensurar os benefícios a si trazidos.

A analisar esse modelo de Edvinsson e Malone, Carbone (2005) afirma que eles se utilizam dos mesmos princípios do balanço contábil tradicional, embora a tradução numérica constitua uma dificuldade, visto que muitos indicadores de capital intelectual não são financeiros.

Outro importante modelo de mensuração e gestão do capital intelectual é o balanced scorecard (BSC), desenvolvido por Kaplan e Norton. Kaplan (1999) sustenta que o BSC se apresenta como um modo de compreender os fatores que influenciam a receita da empresa.

Kaplan e Norton conceituam o BSC como sendo uma ferramenta por meio da qual é possível traduzir a visão e a estratégia da empresa em um conjunto coerente de medidas de desempenho. Nesse conjunto de medidas de desempenho situam-se as financeiras, responsáveis por avaliar o desempenho passado, e as não financeiras, responsáveis por impulsionar o desempenho futuro (KAPLAN; NORTON, 1997).

 

 

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