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Folha de papel amassada – Por Denilson Araújo

Quando criança, por causa de meu caráter impulsivo, tinha raiva a
menor provocação. Na maioria das vezes, depois de um desses incidentes me sentia envergonhado e me esforçava por consolar
a quem tinha magoado.

Um dia, meu professor me viu pedindo desculpas depois
de uma explosão de raiva, me entregou uma folha de papel
lisa e me disse:

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– Amasse-a!

Com medo, obedeci e fiz com ela uma bolinha.
– Agora – voltou a dizer-me – deixe-a como estava antes.

É óbvio que não pude deixá-la como antes.
Por mais que tentei, o papel ficou cheio de pregas.
Então, disse-me o professor:

– O coração das pessoas é como esse papel…
A impressão que neles deixamos será tão difícil de apagar como
esses amassados.

Assim aprendi a ser mais compreensivo e mais paciente.
Quando sinto vontade de estourar, lembro deste papel amassado.

A impressão que deixamos nas pessoas é impossível de apagar.

Quando magoamos com nossas ações ou com nossas palavras,
logo queremos consertar o erro, mas é tarde demais.

Alguém disse, certa vez:

“Fale quando tuas palavras sejam tão suaves como o silêncio”

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