A Precisa Medicamentos, representante da indiana Bharat Biotch no Brasil, que desenvolve a vacina contra a Covid-19 Covaxin, vai pedir autorização à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para começar os testes clínicos da fase 3 no Brasil. Caberá a um hospital coordenar os testes com os voluntários.
Na sexta-feira (29), a Associação Brasileira das Clínicas de Vacinas (ABCVAC) assinou contrato com a Precisa Medicamentos de intermediação das suas associadas para a aquisição de 5 milhões de doses da Covaxin. Com isso, aproximadamente 300 clínicas associadas à ABCVAC poderão firmar acordos individuais com a representante da Bharat Biotech no Brasil para a compra de doses.
Para conseguir a aprovação da Anvisa para uso emergencial de alguma vacina, o laboratório precisa ter feito testes da fase 3 no Brasil — como foi o caso da CoronaVac, desenvolvida pelo laboratório chinês Sinovac em parceria com o Instituto Butantan, e com a vacina ChAdOx1, da Universidade de Oxford com o laboratório AstraZeneca (eu que, aqui, tem parceria com a Fiocruz).
A Covaxin é produzida na Índia pela Bharat Biotech e no dia 3 de janeiro, teve aprovado seu uso emergencial. No mesmo dia, a ABCVAC informou que começou a negociar com o laboratório indiano a compra das 5 milhões de doses para clínicas particulares vinculadas à associação.
Os primeiros estudos clínicos com a Covaxin na Índia, também aprovados no dia 3, mostraram que o imunizante não gera efeitos colaterais graves e produz anticorpos para a Covid-19. A aprovação do uso emergencial no país ocorreu, entretanto, antes da conclusão da fase 3 de testes.
Em 12 de janeiro, ao G1, a Precisa afirmou que a Bharat Biotech produz quantidades separadas de vacinas para os setores público e privado. Isso significa que a destinação de parte da produção para venda privada não afetaria a disponibilidade para o setor público.
Em uma transmissão em uma rede social, ao se referir a vacina de Oxford, o presidente Jair Bolsonaro disse que o governo federal não vai “criar problema” para clínicas privadas comprarem doses de vacinas contra a Covid-19.
Com informações G1