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Falta de efetivo pode fechar quartéis dos Bombeiros Militares na região

Um dos problemas crônicos da segurança pública em Santa Catarina está atrelado a falta de efetivo nas corporações militares. Na região de Joaçaba, a situação é ainda mais delicada. De acordo com as informações apuradas pelo Jornalismo da Rádio Líder, a falta de Bombeiros Militares pode ocasionar o fechamento de algumas unidades operacionais do Corpo de Bombeiros localizadas na região.

O Comandante do 11º Batalhão, localizado em Joaçaba, tenente-coronel Marcos Alves da Silva, afirma que a situação está delicada. “Já faz três anos que não há inclusão de Bombeiros Militares em todo o estado de Santa Catarina. Além disso, nossos servidores atingem o tempo de serviço, entram na reserva remunerada e o quadro vai se reduzindo. Imagino que até o final do ano não teremos movimentação favorável nesse sentido”, declarou.

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O tenente-coronel comentou que se não houver um fortalecimento do efetivo por meio de Concurso Público, ou outras alternativas, alguns quartéis poderão ser fechados. “Se a cidade com o menor quantitativo não tiver efetivo necessário para atuar em um determinado momento, vamos fechar, concentrar as atividades no quartel mais próximo e retomar as atividades no outro dia. Essa é uma das alternativas para conseguir manter o melhor atendimento possível à comunidade”, completou.

São necessários no mínimo 15 novos Bombeiros Militares para adequar o efetivo às condições ideais de trabalho. “O número adequado seria 15, mas uns 10 já ajudaria na melhora da condição de atendimento em toda a nossa região, que abrange além de Joaçaba, os municípios de Água Doce, Capinzal, Catanduvas, Herval d’Oeste e Piratuba”, disse o comandante.

Bombeiros estão sobrecarregados

Marcos Alves também falou que a falta de efetivo causa, entre outros problemas, a sobrecarga dos Bombeiros que estão atuando nas unidades operacionais. “Há pouco tempo, as guarnições se revezavam. Era possível ter equipes distintas para ambulâncias, trens de socorro e atendimentos especializados. Atualmente, a mesma equipe que combate o incêndio realiza o atendimento pré-hospitalar. Isso é preocupante, mas é o que temos à disposição”.

Operação Veraneio

Em virtude da baixa quantidade de militares, o que preocupa também é que o Governo solicitará nos próximos meses o envio de efetivo para a Operação Veraneio no litoral de Santa Catarina. “O Comandante Geral está ciente disso e terá que encontrar alguma alternativa. Se levar parte do efetivo, quartéis fecharão, afinal não é possível deixar apenas um bombeiro atendendo em uma unidade operacional”, explicou.

Força-tarefa regional

O Comandante Marcos Alves da Silva acredita que uma força-tarefa entre os prefeitos da região pode colaborar com a melhora na situação. “Esperamos que os candidatos que vencerem as eleições, tenham o pensamento de unir os municípios da região na busca pela melhora no efetivo, tanto na esfera estadual, quanto na municipal. Sabemos que é preciso cumprir a Lei de Responsabilidade Fiscal, mas acreditamos que ainda há muita coisa para ser feito”, concluiu.

Fonte: Angelo Junior Radavelli/Rádio Líder

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