Fabio da Silva, vulgo Picadinho, foi condenado a 10 anos pela morte de Clarisse Justino de Andrade. O julgamento ocorreu nesta quarta-feira, 21, no Fórum da Comarca de Caçador. O conselho de sentença foi formado por cinco homens e duas mulheres, que votaram pela condenação do réu.
A sessão do júri foi presidida pelo juiz Gilberto Killian do Anjos. A acusação ficou a cargo do promotor de justiça, João Paulo de Andrade. Já a defesa foi feita pela defensora pública Elaine Caroline Masnik.
Os jurados optaram pela condenação do réu por homicídio qudruplamente qualificado e também pela ocultação de cadáver.
A pena chegou a pouco mais de 19 anos, porém, por conta do laudo que atesta insanidade mental colocando ele como réu semi-imputável, a pena foi reduzida para 10 anos e um mês de reclusão em regime fechado.
De acordo com o juiz, a razão de a pena ter sido reduzida, foi o laudo pericial que atesta que Fabio possui distúrbio. Com a pena da morte de Lucas foi reduzida por conta do laudo, a pena deste crime também já foi reduzida para ficar similar a primeira.
Já o promotor João Paulo de Andrade disse que o júri aconteceu de forma tranquila, mesmo com o réu apresentando um grau de agressividade durante o depoimento, mas acabou se contendo como era de se esperar. Ele afirmou ainda que a própria segurança foi reforçada, dada a periculosidade que ostenta.
“Como esperávamos, o corpo de jurados acolheu toda a tese do Ministério Público e ele foi condenado em todas as qualificadoras. O laudo pericial que atesta a insanidade foi o que permitiu que o réu tivesse a pena reduzida. Nós como cidadão não somos favoráveis a isso, porém está previsto em lei e temos que segui-la”, disse o promotor.
Já a defensora comentou que a sentença saiu de acordo com o esperado, Fábio é semi-imputável, comprovado em laudo feito por especialistas e com isso a pena foi reduzida como foi previsto. Ela disse ainda que agora irá reunir o processo a fazer uma análise para ver se recorre ou não da sentença.