O presidente da República, por ser autoridade maior do país, possui um forte aparato de forças de segurança, como Exército e Polícia Federal. Em cada viagem, ou até mesmo no Palácio do Planalto, o chefe do Executivo Nacional sempre está rodeado de segurança. Mas em Caçador, mora um ex-soldado, que compôs esse forte esquema de segurança, em Brasília, e atuou na segurança de dois presidentes, Emílio Garrastazu Medici e Ernesto Geisel.
Pedro Rodrigues Fernandes, hoje policial reformado e presidente da Associação dos Idosos de Caçador, entrou nas Forças Armadas no ano de 1973. Ele passou na seleção para os Dragões da Independência, um destacamento do Exército que atua na segurança do presidente, Palácio do Planalto e também a residência oficial.
“Essa história começou em Concórdia, onde fiz o meu alistamento militar, e fui convocado. Saímos de Concórdia no mês de maio, com destino a Curitiba, onde fiquei uma semana esperando uma nova seletiva e após esse procedimento, parti juntamente com outros soldados da região Sul, para Brasília para compor o primeiro regimento de cavalaria de guarda dos Dragões da Independência”, lembrou.
O ex-soldado lembrou que na época, eram convocados recrutas sulistas, pois na região de Brasília não havia contingente o suficiente para atuar neste grupo especial. O caçadorense disse que atualmente, devido o aumento de alistamentos, é muito difícil pessoas da região Sul serem convocadas. “Como na época era muito difícil, ficamos seis meses em Brasília e depois fomos liberados para voltar visitar a família por 25 dias, e depois desse período retornamos. Eu fiquei em Brasília 13 meses”, afirmou.
Pedro comentou que foram 13 meses atuando na segurança nacional, segurança do presidente, na época o ex-presidente Medici e no ano seguinte o ex-presidente Geisel. “Participei da segurança dos presidentes, escoltas, desfiles de Independência. Essa foi meu início na carreira militar”, comentou.
De acordo com Pedro, quando foi a Brasília, a capital federal tinha apenas 13 anos, e era totalmente diferente do que é hoje. Nesta época ainda uma cidade pequena, ele pôde conhecer todos os pontos da cidade.
O mastro da bandeira, da Praça dos Três Poderes, havia sido recém-inaugurada. Ele participou do hasteamento e arriamento da Bandeira, além da incineração. “Isso despertou em mim um patriotismo tão grande, que após deixar o Exército, prestava trabalho voluntário em escolas ensinando hastear a bandeira e também dividindo com os alunos a experiência vivida, em Brasília. E este patriotismo está presente na minha vida até hoje”, enfatizou.
Ao sair do Exército, foi para a academia militar onde iniciou a carreira na Polícia Militar de Santa Catarina, onde atuou em vários municípios até ir para a reserva remunerada e hoje, é policial reformado.