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Estamos de olho – Por Ericsson Luef

Estamos de olho

Esse espaço semanal é para trocar idéias sobre economia, mas temos visto incessantemente que no Brasil ela está atrelada a política. Os escândalos, as negociações e a falta de preocupação social por parte dos políticos inibem a retomada do crescimento econômico.

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Depois de darem um alívio para o presidente Michel Temer na denúncia da Procuradoria, esperávamos foco em propostas que pudessem amenizar os graves problemas brasileiros, que incentivassem o setor produtivo e a retomada dos empregos.

Em vez do debate sobre as reformas previdenciárias, tributárias e outras ações que pudessem sinalizar tranqüilidade para novos investimentos, a discussão em Brasília é sobre a reforma política.

Vamos ser mais precisos. Não é reforma política que está em debate, são mudanças nas regras eleitorais para 2018, pensadas pelos principais interessados em se perpetuarem no poder.

Semana decisiva

As propostas desta “reforma” são de arrepiar, sem ouvir o clamor da sociedade.

Em especial, a ampliação do fundo eleitoral, dos atuais R$ 900 milhões para R$ 3,6 bilhões.  É um tapa na nossa cara, do brasileiro trabalhador ao empresário que gera riquezas e empregos.

No momento que o país tem tantas carências, aplicar este volume de recursos para campanhas eleitorais é um escárnio, um desrespeito.

Tirar dinheiro dos raspados cofres públicos para aplicar em campanhas eleitorais é de uma falta de sensibilidade social a toda prova.

O Fundo tem tudo para ser aprovado, mas os deputados, por conta do protesto generalizado, devem deixar de fora o montante a ser buscado, deixando para uma regularização posterior, quando a vigilância da sociedade esteja mais adormecida.

E tem mais

Mas não é apenas a questão do tal fundo, temos a confusa proposta sobre o regime de votação, entre o Distritão e Distrital Misto. Até o Parlamentarismo voltou ao debate.

Na verdade, os políticos que estão lá querem criar as condições para a permanência deles por mais um mandato.

Não há debate sobre o fim das coligações nas chapas proporcionais, sobre a redução do número de partidos e de mudança no formato das campanhas eleitorais, entre outras tantas que deveriam ser levadas em conta.

Ano que vem temos eleições, talvez as mais importantes para definir os rumos do país. Escolheremos Presidente da República, Senador e Deputado Federal, além de Governador e Deputados Estaduais.

Precisamos ficar atentos ao que se passa hoje. Se a classe política permanecer com esta postura para preservarem seus mandatos, caberá a nós, eleitores, fazermos a nossa parte.

Mudar, com responsabilidade.

 

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