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Dose única da vacina da Johnson é eficaz contra Covid-19 e contra variante sul-africana, aponta agência americana

A Agência de Alimentos e Medicamentos (FDA) dos Estados Unidos publicou um documento nesta quarta-feira (24) afirmando que a vacina produzida pela Johnson&Johnson, administrada em dose única, oferece alta proteção contra os casos graves e mortes por Covid-19, inclusive contra a variante sul-africana, além de reduzir a transmissão do vírus nos vacinados.

Segunda a FDA, a vacina teve eficácia geral nos Estados Unidos de 72% e de 64% contra a variante sul-africana. A eficácia na África do Sul foi sete pontos superior aos dados anteriores divulgados pela Johnson (veja abaixo).

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Em relação às formas graves da doenças, a vacina mostrou 86% de eficácia nos Estados Unidos e 82% contra as formas severas da variante na África do Sul.

Apesar da vacina de Johnson ter uma taxa de eficácia geral mais baixa do que as da Moderna e Pfizer/BioNTech, administradas em duas doses e com eficácia em torno de 95%, na África do Sul a vacina é a que se apresentou mais eficaz.

A vacina usa a tecnologia de vetor viral e é a única em etapa avançada de testes com apenas uma dose. Mais de 44 mil pessoas nos EUA, América Latina e África do Sul participaram dos seus testes.

Entre os latinos, além do Brasil, os testes foram realizados na Argentina, no Chile, na Colômbia, no México e no Peru. Segundo a Anvisa, 7.560 brasileiros são voluntários nos testes.

No Brasil, a Johnson ainda não entrou com o pedido de uso emergencial ou pedido de registro à Anvisa. Nos EUA, a empresa pediu o uso emergencial ao FDA no dia 4 e, de acordo com o jornal New York Times, a agência pode dar a autorização já no próximo sábado (27).

Eficácia apresentada pela Johnson

Na sexta-feira (29), a Johnson anunciou que a vacina teve 66% de eficácia em prevenir casos moderados e graves, informação confirmada nesta quarta pelo FDA. Considerados apenas os casos graves, o nível de proteção foi de 85%. Nenhuma pessoa vacinada morreu de Covid. A eficácia da vacina para pacientes com casos leves da doença não foi divulgada, e os resultados ainda não foram publicados em revista científica.

A vacina da Johnson é uma das que foram testadas no Brasil. Por isso, a empresa pode entrar com o pedido de uso emergencial na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que determinou que só pode haver liberação emergencial de vacinas testadas em voluntários brasileiros.

Veja os principais pontos do anúncio da Johnson:

Outras vacinas e aprovações

Com o anúncio da Johnson, já são 8 imunizantes ao redor do mundo que tiveram seus dados de eficácia divulgados pelas próprias farmacêuticas ou publicados em revista científica. Quando a publicação acontece, isso significa que os resultados foram avaliados e validados por outros cientistas.

Até agora, as seguintes vacinas tiveram seus dados publicados em revista:

Outros 5 desenvolvedores apenas divulgaram a eficácia de suas vacinas, sem publicar estudos:

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