Pode-se dizer que os computadores digitais desempenham um papel fundamental no surgimento do estudo da cognição.
Sua influência é tanto indireta, através de modelos da cognição humana fundamentada em modelos de como os computadores processam a informação, como direta, pelas simulações computadorizadas e de Inteligência Artificial.
Esta envolve a tentativa de estabelecer sistemas que processem a informação de maneira inteligente e eficiente, sem levar em consideração se esses sistemas simulam a cognição humana ou demonstram inteligência, por via de processos que diferem dos processos cognitivos humanos.
Os cientistas cognitivos utilizam ampla série de métodos, inclusive experimentos, técnicas psicológicas, auto-realização, estudos de casos, observação naturalista, simulações computadorizadas e Inteligência Artificial.
Uma das mais intrigantes ramificações do estudo da mente à lua da semiologia reside na fertilidade sugestiva em indicar que pode haver várias espécies de mentalidade em vez de simplesmente uma (FETZER, 2000).
Se alguns signos são ícones, outros signos são índices, e ainda outros símbolos, não é complicado imaginar que poderia haver tipos de mentes correspondentes, em que algumas mentes podem usar ícones, outras mentes podem usar índices, e ainda outras mentes podem usar símbolos.
Destarte, a concepção de mentes como sistemas usuários de signos sugere, por sua vez, a perspectiva de mentes diferenciadas do Tipo I (como sistemas que podem usar ícones), mentes do Tipo II (como sistemas que podem usar índices) e mentes do Tipo III (como sistemas que podem usar símbolos) como três tipos de mentes.
Essa explicação é reforçada pela percepção de que esses três tipos, também parecem refletir sucessivamente tipos de mentes cada vez mais intensos. Observa-se, especialmente, que a utilização de índices, parece pressupor o uso de ícones.
O uso de símbolos, ademais, parece pressupor o uso de índices. Assim, parece haver uma hierarquia de tipos de mentalidade. Uma das características fascinantes dessa abordagem é que oferece um critério de mentalidade na forma da capacidade de cometer um erro.
Afinal, se alguma coisa tem a capacidade de cometer um erro, deve ter a habilidade de considerar que alguma coisa representa alguma outra coisa em algum aspecto ou outro, o que é o resultado correto.
Esse critério geral pode ser suplementado por outros critérios no caso de cada um desses três tipos de mentalidade. Essa explicação de mentalidade, ademais, aplica-se a humanos, a outros animais, e a máquinas igualmente, uma vez que aquilo que considera como mente tem de ter a capacidade de utilizar signos.
A distinção entre mentes desses três tipos baseia-se na maneira pela qual os signos que possam utilizar estão relacionados àquilo que possam representar. A interpretação de neurônios como dotados de tendências causais probabilísticas detém o que pode ser a chave para o entendimento da concepção conexionista. A maneira pela qual estados de conhecimento, crença e informação são armazenados em sistemas conexionistas é refletida pelas forças das tendências a fazer conexões entre vários neurônios.