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Convite de Bolsonaro será objeto de “discussão e reflexão”, diz Moro

 

O juiz federal Sérgio Moro, da Operação Lava-Jato, sinalizou nesta terça-feira (30) ao presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL), sobre eventual convite para chefiar o Ministério da Justiça ou para integrar o Supremo Tribunal Federal (STF).

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Em nota oficial, o magistrado declarou que “caso efetivado oportunamente o convite, será objeto de ponderada discussão e reflexão”.

— Sobre a menção pública pelo sr. presidente eleito ao meu nome para compor o Supremo Tribunal Federal quando houver vaga ou para ser indicado para Ministro da Justiça em sua gestão, apenas tenho a dizer publicamente que fico honrado com a lembrança. Caso efetivado oportunamente o convite, será objeto de ponderada discussão e reflexão — afirmou Moro.

A interlocutores próximos, Moro tem dito que se, de fato, for convidado para o Ministério da Justiça, vai inicialmente conversar com Bolsonaro para identificar “convergências importantes” e “divergências irrelevantes”.

O juiz da Lava-Jato acredita que no Ministério da Justiça poderia adotar “boas iniciativas”. Depois, eventualmente, seguiria para o Supremo, quando surgisse uma vaga na Corte máxima.

Nesta segunda-feira (29) em entrevistas concedidas ao SBT e ao Jornal Nacional, da TV Globo, Bolsonaro afirmou que pretende convidar Moro para a pasta da Justiça em seu futuro governo ou ainda para ocupar uma vaga no Supremo.

— Pretendo conversar com ele (Moro) para ver se há interesse da parte dele — disse Bolsonaro em entrevista ao SBT. — Se eu tivesse falado isso antes (na campanha) soaria como oportunismo.

Ao Jornal Nacional, o presidente eleito disse que Moro é um “grande símbolo” da luta contra a corrupção.

— Poderia ser ministro da Justiça ou, abrindo uma vaga no STF, (escolher) a que achar que melhor poderia contribuir para o Brasil — disse.

Aliados de Bolsonaro já haviam dito que Moro era cotado para ocupar futura vaga no STF. Esta é a primeira vez que o nome do juiz federal é citado como possível ministro.

Aliados de Bolsonaro dizem que a indicação de Moro para o Ministério da Justiça seria um atalho necessário para ele chegar ao Supremo. Um juiz de primeiro grau nunca foi alçado diretamente a ministro da Corte.

Esses interlocutores citam como exemplo o ministro Alexandre de Moraes. Antes de assumir a Corte, o advogado foi ministro da Justiça no governo Temer e Secretário de Justiça de São Paulo. O ministro Dias Toffoli, atual presidente do Supremo, também passou por um cargo relevante antes de ser indicado para a Corte. Toffoli foi Advogado-Geral da União, assim como o ministro Gilmar Mendes.

Confira a nota de Moro:

“Nota oficial 

Sobre a menção pública pelo Sr. Presidente eleito ao meu nome para compor o Supremo Tribunal Federal quando houver vaga ou para ser indicado para Ministro da Justiça em sua gestão, apenas tenho a dizer publicamente que fico honrado com a lembrança. Caso efetivado oportunamente o convite, será objeto de ponderada discussão e reflexão. Curitiba, 30 de outubro de 2018.

Sergio Fernando Moro, Juiz Federal”

Com informações Diário Catarinense 

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