A Companhia de Água e Saneamento (Casan) realizou na manhã desta quinta-feira, 29, no Hotel Brivalli, uma coletiva de imprensa para anunciar que querem ficar em Caçador e também anunciar obras emergenciais para solucionar o problema com a falta de água.
De acordo com o assessor de imprensa da Casan, Ricardo Luis Stefanelli, a Casan quer se manter em Caçador, porém existe um impasse judicial entre Casan, BRK e Prefeitura. De acordo com ele, isso impede que a estatal faça investimento alto, pela incerteza da decisão final.
“Caçador precisa sim de investimento pesado para o abastecimento e saneamento, porém ficamos com mãos atadas. Se nós investirmos o que precisa e na decisão final tenhamos que entregar o serviço, o gestor atual poderá responder por improbidade administrativa, por isso temos que agir com cautela”, disse.
Ricardo relatou que o que a Casan pode fazer neste momento em que a situação é uma incerteza são investimentos emergenciais, que mesmo assim são altos. Esses investimentos atingem estação de tratamento de água, estação de recalque de água, redes e principalmente bombas.
“Estamos com servidores de outros municípios reforçando as equipes locais, máquinas emprestadas e locando outras. É um conjunto de ações para reforçar o abastecimento principalmente nas áreas mais afetadas com o desabastecimento neste momento”, afirmou.
A gerente da Casan em Caçador, Direte Theo comentou que a situação da falta de água na região do Martello, Mutirão, Monge João Maria, onde houve uma rede que estourou e a água estava indo direto para a rede pluvial, mas segundo ela, foi um problema pontual que foi solucionado ainda na terça-feira.
Com relação as obras que já estão em andamento, Direlete comentou que já foram trocadas algumas peças que impulsionam uma quantidade maior de litros de água para as regiões mais altas e também com o acionamento de uma bomba que estava parada na região do bairro Gioppo, irá aumentar a vasão.
Também uma outra equipe está trabalhando na estação de tratamento para ampliar o serviço e aumentar a capacidade de reserva de água tratada para ser distribuída no Município.
“Na semana que vem estaremos implantando a telemetria para monitorar em tempo real todos os pontos com reservatório se estão ligados, quantidade e vasão de água. Será um sistema eficiente que iremos conseguir mensurar se tem vazamento online”, explicou.
O Ministério Público, diante da ação civil pública solicitou ao Poder Judicial uma liminar onde a Casan é obrigada a fornecer água ininterruptamente a toda a população sob pena de multa em caso de descumprimento. Após a manifestação em frente a Casan, na terça-feira, cerca de 20 moradores dos bairros Mutirão, Rancho Fundo e Aeroporto formalizaram suas denúncias sobre o descaso da falta de água junto ao Ministério Público, onde que todas serão anexadas ao processo da ação civil.