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Complexidade e outros paradigmas IX

O paradigma da complexidade está relacionado à idéia de diálogo, isto é, o conhecimento e o progresso da ciência só são possíveis através do constante diálogo com o universo real. Diálogo este, efetuado através de um pensamento organizado que não concebe os conceitos, teorias e doutrinas como concluídos.

O diálogo do pensamento complexo entre as mentes e suas produções representa a civilização das mentes, indispensável para obter uma melhora nas relações humanas.

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O paradigma da complexidade insurge contra a idéias de que aquilo que é complexo pode ser solucionado através da relação de continuidade e da combinação entre alguns princípios simples, os quais possibilitam a compreensão ao mesmo tempo da unidade e da diversidade concernentes a realidade humana. A complexidade não pode ser simplificada.

A complexidade envolve uma implicação mútua que tem por base uma conjunção entre noções como sistemas, organização, existência e ser, as quais nas teorias paradigmáticas clássicas, como positivismo, fenomenologia, estruturalismo e materialismo histórico-dialético.

O paradigma da complexidade não pretende dissolver ou separar a existência, o ser e a vida, bem como dissolvê-los na abstração sistêmica, ocultando a riqueza do real e provocando sua manipulação sem controle. Pelo contrário, o ser, a existência e a vida emergem sobre o desenvolvimento do conceito complexo com base no jogo de suas interações empenhadas com o todo.

Em suma, é um paradigma que propõe uma organização complexa do pensamento e da ação, através de uma nova racionalidade que permite conceber a organização e a existência. A organização não constitui uma instituição, mas uma atividade regeneradora e geradora permanente em todos os níveis, que se utiliza da elaboração de estratégias, da computação, da comunicação e do diálogo.

 

REFERÊNCIAS

 

GIL, Antônio Carlos. Métodos e técnicas de pesquisa social. 4. ed. São Paulo: Atlas, 1994.

GOMES  Alberto Albuquerque. Considerações sobre a pesquisa científica: em busca de caminhos… Disponível em: <http://www.unitoledo.br/intertemas/volume5/GOMES,AlbertoAlbuquerque.doc>

KUHN, Thomas. A estrutura das revoluções científicas. 6. ed. São Paulo: Perspectiva, 2001.

MORA, J. Ferrater. Dicionário de filosofia. Tomo II e III. São Paulo: Loyola, 2001.

MORIN, Edgar. Ciência com consciência. 6. ed. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2002.

OMMATI, José Emílio Medauar. Paradigmas Bioéticos: Relação com os Grandes Paradigmas do Direito Constitucional?Disponível em: <http://www.reitoria.ufmg.br/pj/artigos/pag30.html>

PÁDUA, Elisabete Matallo Marchesini de. Metodologia de pesquisa: abordagem teórico-prática. Campinas: São Paulo, 1996.

ROESCH, Sylvia Maria Azevedo. Projetos de estágio e de pesquisa em administração. 2. ed. São Paulo: Atlas, 1999.

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