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Com uso de hidroxicloroquina, paciente de SC se recupera do Coronavírus

Com o uso de hidroxicloroquina, um paciente de 54 anos, que estava internado em Itajaí, se recuperou do Coronavírus. A confirmação aconteceu na coletiva do Governo de Santa Catarina na tarde desta quarta-feira, 8.

O secretário de Estado da Saúde, Helton Zeferino, confirmou que o paciente fez uso do medicamento e saiu da UTI. Ele tinha histórico de outras comorbidades. Em contrapartida, outras duas vítimas da doença, de 32 anos, morreram. Elas não fizeram uso do medicamento.

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“Não conseguimos confirmar se realmente foi a hidroxicloroquina a responsável por toda a recuperação, mas esta é a diferença para com os outros dois pacientes”, destacou.

Zeferino fez questão de reforçar ainda que o medicamento ainda não teve a sua eficácia confirmada no combate ao Coronavírus. Mesmo assim, Santa Catarina recebeu 3.300 doses do medicamento para ser utilizado em pacientes que estão na UTI.

O uso da hidroxicloroquina está sendo bastante discutido no tratamento do Covid-19. Profissionais da saúde e pesquisadores apresentam opiniões divergentes a respeito do medicamento, que é amplamente defendido pelo presidente Jair Bolsonaro.

O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, no entanto, é um dos que pede cautela no uso do medicamento.

O Ministério da Saúde divulgou, por outro lado, que disponibilizará os medicamentos cloroquina e hidroxicloroquina para uso em pacientes com formas graves da Covid-19, a critério médico. A decisão foi baseada em estudos promissores que demonstram o potencial benefício do uso em pacientes graves.

Nesse caso, devido à emergência em saúde pública causada pela pandemia da Covid-19, o Ministério autorizou o uso desses medicamentos a partir dos dados preliminares disponíveis. Esse é o chamado uso compassivo (por compaixão), já que não há alternativa terapêutica específica para esses pacientes.

Segurança e eficácia

Em regra, para que novas indicações terapêuticas sejam incluídas nas bulas dos medicamentos, é necessária a demonstração de segurança e eficácia por meio de estudos clínicos com número representativo de participantes.

Uma vez que os estudos disponíveis acerca da eficácia desses medicamentos ainda não são conclusivos, a Agência tem trabalhado, em conjunto com os principais pesquisadores do país, para discutir, anuir e acompanhar os próximos estudos que trarão mais resultados sobre o uso adequado e seguro dessas e de outras possíveis terapias para o tratamento da Covid-19.

A Anvisa já aprovou a condução do primeiro estudo para a cloroquina e a hidroxicloroquina no Brasil. Os resultados desse e de outros estudos são necessários para que a Agência possa concluir quanto à segurança e à eficácia desses medicamentos no tratamento da Covid-19.

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