Em carta assinada no sábado (18) e publicada nesse domingo, 20 governadores brasileiros manifestaram-se contrários ao presidente Jair Bolsonaro, que, dentre outras declarações, voltou a criticar os democratas Rodrigo Maia e Davi Alcolumbre, presidentes, respectivamente, da Câmara dos Deputados e Senado Federal.
Carlos Moisés, chefe do Executivo de Santa Catarina, está entre os governadores listados que referiram a carta como “Defesa da Democracia”. Moisés – e os demais – lembram o cenário de crise vivido pelo planeta inteiro, além de concluírem como “anti-democrática” e “inconstitucional”. O documento, em formato de carta, foi redigido e publicado por intermédio do Fórum Nacional de Governadores.
O texto lembra o trabalho desenvolvido pelos democratas que estão se “dedicando especial atenção às necessidades dos Estados, Distrito Federal e municípios brasileiros”.
Ao final o documento ainda faz menção a “vaidades” e “eventuais diferenças”. “Não julgamos haver conflitos inconciliáveis entre a salvaguarda de saúde da população e a proteção da economia nacional, ainda que os momentos para agir mais diretamente em defesa de uma ou de outra possam ser distintos. Consideramos fundamental superar nossas eventuais diferenças através do esforço do diálogo democrático e desprovido de vaidades”, finaliza.
Confira, na íntegra, o documento
O Fórum Nacional de Governadores manifesta apoio ao presidente do Senado Federal, Davi Alcolumbre, e ao presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, diante das declarações do presidente Jair Bolsonaro sobre a postura dos dois líderes do parlamento brasileiro, afrontando os princípios democráticos que fundamentam nossa nação.
Nesse momento em que o mundo vive uma das suas maiores crises, temos testemunhado o empenho com que os presidentes do Senado e da Câmara têm se conduzido, dedicado especial atenção às necessidades dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios brasileiros. Ambos demonstram estar cientes de que é nessas instâncias que se dá mais a dura luta contra o nosso inimigo comum, o coronavírus, e onde, portanto, precisam ser concentrados os maiores esforços de socorro federativo.
Nossa ação nos Estados, no Distrito Federal e nos Municípios tem sido pautada pelos indicativos da ciência, por orientações de profissionais da saúde e pela experiência de países que já enfrentaram etapas, mais duras da pandemia, buscando, nesse caso, evitar escolhas malsucedidas e seguir as exitosas.
Não julgamos haver conflitos inconciliáveis entre a salvaguarda da saúde da população e a proteção da economia nacional, ainda que os momentos para agir mais diretamente em defesa de uma e de outra possam ser distintos.
Consideramos fundamental superar nossas eventuais diferenças através do esforço diálogo democrático e desprovido de vaidades”.
Com informações ND Online