Cinco empresas caçadorenses estão entre as 500 maiores do Sul do Brasil em 2015. Os dados foram divulgados através do ranking Grandes & Líderes – 500 maiores do Sul, desenvolvido pela Revista AMANHÃ e PwC, levando em consideração indicadores receita líquida; lucro líquido; patrimônio líquido; capitalização; capital de giro próprio; e liquidez.
A empresa Adami S/A lidera a lista das caçadorenses. Com um salto de 5 posições ante 2014, a empresa do setor florestal chegou à 129ª posição, com uma receita líquida de R$ 561,20 milhões e um lucro de mais de R$ 50 milhões.
Em seguida, vem o Curtume Viposa, que subiu 8 posições com relação ao 2014 e agora está em 178º lugar entre as maiores do Sul. A receita líquida chegou a R$ 562,88 milhões, com um lucro de mais de R$ 48 milhões em 2015.
Na terceira colocação entre as caçadorenses está a Primo Tedesco, com uma receita líquida de R$ 187,37 milhões, mas um lucro negativo de R$ 17,05 milhões em 2015.
A Sincol é a próxima da lista, com uma receita de R$ 117,48 milhões e um lucro líquido de R$ 11,76 milhões.
Estreando entre as 500 maiores do Sul, a Sul Brasil chegou à 491ª posição e apresentou uma receita líquida de 72 milhões, com um lucro de R$ 4,16 milhões em 2015.
Confira a classificação das empresa de Caçador no ranking das 500 maiores do Sul
2015 | 2014 | Grupo/Empresa | Setor | Patr. Líq. R$ Milhões | Receita Líq. R$ Milhões | Variação de receita % | Lucro Líquido R$ Milhões |
129 | 136 | Adami S/A – Madeiras | Madeira e Florestamento | 441,17 | 561,20 | 6,01 | 54,20 |
178 | 186 | Curtume Viposa | Couro e Calçados | 149,66 | 562,88 | 13,22 | 48,26 |
383 | 361 | Primo Tedesco S/A | Papel e Celulose | 55,24 | 187,37 | (0,99) | (17,05) |
413 | 426 | Sincol S/A | Madeira e Florestamento | 77,38 | 117,49 | 1,75 | 11,76 |
491 | – | Sul Brasil Ind. e Com. de Aces. Plast. e Metal. S/A | Plástico e Borracha | 68,04 | 72,03 | 9,08 | 4,16 |
“O ranking é uma completa radiografia empresarial da região Sul e a cerimônia de premiação será uma oportunidade ímpar para potencializar o networking e pensar sobre os rumos e desafios do Brasil em 2017”, destaca Jorge Polydoro, presidente do Grupo AMANHÃ.
“Apesar da crise vivida pelo país nos últimos três anos, é possível notar desenvolvimento das empresas do sul em 2015. O cooperativismo se destaca cada vez mais e dá sinais de seu potencial para os próximos anos”, destaca Carlos Peres, sócio da PwC Brasil e líder da região sul.
Mesmo com a crise, empresas de SC continuaram crescendo
Há um ano, Santa Catarina ostentava o título de um dos poucos Estados a conseguir manter a cabeça fora da crise econômica. Em setembro de 2015, a Secretaria da Fazenda fazia previsões de leve crescimento do PIB. O Estado se orgulhava do equilíbrio entre receita e despesa, condição invejada Brasil afora. Porém, a recessão chegou. A atividade econômica caiu 4% no ano passado. No mais recente índice divulgado pela Secretaria da Fazenda, no acumulado de 12 meses, de junho a junho, o PIB recuou 5,2%. É verdade que em termos fiscais o Estado permanece um dos mais equilibrados – mas até isso corre perigo. Com menor produção, a arrecadação vem diminuindo neste ano e o governo tem de lidar com pedidos de reajustes dos servidores.
Enquanto aguarda as reformas estruturais do governo federal, Santa Catarina tenta fazer a sua parte. O governador Raimundo Colombo descarta elevar impostos. E a decisão, segundo ele, é uma forma de continuar atraindo empresas. A baixa nos recursos públicos também não deve afetar a continuidade do Pacto por SC, plano que prevê R$ 10,7 bilhões em melhorias de infraestrutura nas áreas de saúde, transportes, educação e segurança até 2019.
O governo estadual se uniu à Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc) na criação da agência Investe SC, que está em operação há quase um ano. Mais de 50 empresas estudam instalar-se no Estado, em negócios que ultrapassam R$ 1 bilhão. Além da prospecção, a Investe SC colabora com as empresas locais em expansão – ou em recuperação judicial. “Atuamos também para evitar o desinvestimento. Buscamos investidores que recuperem ativos em dificuldade”, explica Diógenes Feldhaus, presidente da agência.
As companhias que têm interesse em investir no Estado são, na maioria, dos setores automotivo, logístico e agroalimentar. Esse, aliás, tem tido papel fundamental para que a engrenagem econômica catarinense não pare. Apesar de enfrentar obstáculos na margem de lucro devido à alta do milho, o setor de alimentos foi responsável pela maior fatia de investimentos da indústria no ano passado (38%).
Muito da disposição da agroindústria se sustenta no mercado externo, que tem garantido bons resultados a empresas como BRF, Aurora e Pamplona, destaques entre as 100 maiores de Santa Catarina. Mas nem todos os setores compartilham do mesmo entusiasmo. A expectativa é que, com a recuperação gradual da confiança do empresariado, os projetos saiam do papel.
“As empresas só recuperam o apetite para investimentos quando sentem que a instabilidade política começa a dar lugar a uma maior segurança no ambiente empresarial. Com a volta da confiança, os aportes tendem a ocorrer”, afirma Paulo de Tarso Guilhon, consultor de economia da Fiesc. “E são os investimentos que comandam a economia.”