A Fecam (Federação Catarinense de Municípios) assinará nesta quinta-feira (10) o protocolo de intenção para compra da vacina Coronavac, que deve imunizar contra a Covid-19. Ela é desenvolvida pela farmacêutica chinesa Sinovac em parceria com o Instituto Butantan.
De acordo com a Fecam, a reunião acontecerá em São Paulo, com o Instituto Butantan, às 14h. A vacina ainda depende de aprovação pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).
Cabe lembrar que a assinatura deste protocolo não implica imediatamente na compra de doses. Além da necessidade de aprovação pela Anvisa, existem ainda questões referentes à logística em torno da produção e distribuição das doses. A situação ainda está em uma etapa inicial.
No acordo a ser assinado nesta quinta-feira, os municípios catarinenses antecipam o interesse pela aquisição, através das verbas municipais destinadas a ações contra a Covid-19. Tratativas referentes à produção, ao calendário e à vacinação devem ser resolvidas posteriormente.
Agenda
Nesta quinta-feira (10), uma equipe técnica da Fecam e prefeitos catarinenses estarão presentes na ocasião da assinatura. Ela será oficializada pelo presidente da Fecam e prefeito de Rodeio, Paulo Roberto Weiss, junto ao diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas.
Depois, a comitiva irá conhecer o complexo de laboratórios do Instituto. Também está na agenda uma visita ao Palácio dos Bandeirantes e à sala de ação e enfrentamento à Covid-19 no Estado de São Paulo.
As negociações para a construção do protocolo foram intermediadas pelo secretário de Turismo do Estado de São Paulo, o catarinense Vinicius Lummertz. Dentre os nomes da equipe, estão a vice-presidente da Fecam, Catia Tessmann Reichert (prefeita de Alto Bela Vista), os secretários da Federação, prefeita Sisi Blind (São Cristóvão do Sul) e prefeito João Carlos Gottardi (Corupá).
Também o consultor em saúde da entidade e ex-prefeito, Jailson Lima e a assessora político-institucional, Dayna Maressa Pamato, acompanhados de prefeitos e prefeitas de todo o Estado catarinense.
A vacina
De acordo com Jailson Lima, consultor em Saúde da Fecam, uma das vantagens da Coronavac é a facilidade de armazenamento. Ela pode ser transportada em temperatura de geladeira (de 2 a 8 graus), tem validade longa de três anos e pode ficar até 27 dias em temperatura ambiente (fora da geladeira) sem perder as suas características, detalha a Fecam.
As duas doses previstas para imunização, segundo a consultoria da federação, custam em média R$ 60 (R$ 30 cada dose). “De todas que se anunciam próximo a uma aprovação pela Anvisa, é a mais barata e mais fácil de logística e armazenamento”, afirma Jailson Lima.
Vacina adotada em SP
A vacina em questão é a mesma que deve ser adotada pelo governo de São Paulo. O governador João Doria (PSDB) anunciou nesta segunda-feira (7) um cronograma de vacinação em São Paulo, que começará no dia 25 de janeiro. No último dia 3, São Paulo recebeu insumos para a produção de 1 milhão de doses da Coronavac.
Caso aprovado, a previsão da Fecam é que a imunização no Estado comece a partir do primeiro semestre de 2021. Até a segunda quinzena de janeiro, informou o diretor do Butantan, serão 46 milhões de doses da vacina no Brasil, aguardando a liberação.
A Fecam destaca ainda que, mesmo após aprovação, a vacina não deverá ser disponibilizada a toda a população. Caberá atender em um primeiro momento grupos prioritários, de acordo com critérios a serem definidos em plano de imunização.
Com informações ND Mais