A PF (Polícia Federal) vai tomar nesta quinta-feira (31) os depoimentos simultâneos do ex-presidente Jair Bolsonaro, da esposa dele, Michelle, e também de outros seis investigados no caso da venda ilegal de joias e presentes de alto valor dados à presidência da República.
Depoimentos de Bolsonaro e demais estão marcados para às 11h
Os depoimentos estão marcados para as 11h, e ocorrerão ao mesmo tempo para que não haja combinação de respostas entre os suspeitos. Além de Bolsonaro e Michelle, serão ouvidos o tenente-coronel do Exército Mauro Cid, o pai dele, o general do Exército Mauro Cesar Lourena Cid, e os advogados Frederick Wassef e Fabio Wajngarten. As informações são do R7.
Compra e venda
Em agosto, a Polícia Federal cumpriu quatro mandados de busca e apreensão em uma operação de combate a crimes de peculato e lavagem de dinheiro ligada ao caso das joias recebidas pelo ex-presidente. O general Mauro César Lourena Cid, pai Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, é um dos alvos da operação.
Eles são suspeitos de vender joias e presentes oficiais recebidos pelo ex-presidente. De acordo com a PF, eles teriam utilizado “a estrutura do Estado brasileiro para desviar bens de alto valor patrimonial, entregues por autoridades estrangeiras em missões oficiais a representantes do Estado, por meio da venda desses itens no exterior”.
A PF afirma ainda que as quantias obtidas com essas operações “ingressaram no patrimônio pessoal dos investigados, por meio de pessoas interpostas e sem utilizar o sistema bancário formal, com o objetivo de ocultar a origem, localização e propriedade dos valores”. A Polícia Federal não informou o valor que os suspeitos teriam obtido com a venda das joias e presentes.
Movimentação milionária
O tenente-coronel Mauro Cid teve R$ 186 mil movimentados em suas contas bancárias desde que foi preso pela Polícia Federal, em 3 de maio. As informações foram obtidas pelo R7 e fazem parte de relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) enviado à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investiga os atos extremistas do 8 de Janeiro. Desde então, a movimentação chegou a R$ 367 mil e, desde o início deste ano, a R$ 420 mil.
Com informações ND Mais