O Banco Central detalhou nesta segunda-feira (7/8) os próximos passos para implementação de uma moeda digital brasileira.
O “Real Digital” será batizado de Drex, abreviação de digital real x. A projeção é que o produto seja disponibilizado ao público até o fim de 2024, embora o cronograma ainda possa sofrer alterações.
O coordenador da iniciativa do Real Digital, Fabio Araújo, participou de transmissão do BC nas redes sociais nesta tarde e afirmou que o projeto segue em fase de testes.
O BC já havia antecipado que o tema vinha sendo discutido nos últimos anos, com a criação de um grupo de trabalho em 2020 e as diretrizes do projeto divulgadas em 2021.
Banco Central explica como funcionará o Real Digital
A moeda digital será como as cédulas físicas, com os mesmo valores e fundamentos. A emissão, tal qual nas notas atuais, só poderá ser feita pelo BC, com lastro no real brasileiro.
A moeda terá como foco o uso em carteiras digitais chanceladas pela autoridade monetária para pagamentos, mas também poderá ser trocada pelo real tradicional, em notas. As operações terão garantia jurídica e de privacidade e um dos objetivos é aumentar a segurança, com novas possibilidades para garantir a autenticidade de transações.
Embora seja tratado como “primo do Pix” – na leva de iniciativas de digitalização capitaneadas pelo BC – o Real Digital será a moeda em si, enquanto o Pix é uma tecnologia para transações instantâneas.
O Real Digital também não se trata de uma criptomoeda como o bitcoin, que não tem lastro em uma moeda soberana nacional. O Real Digital terá o mesmo valor de um real em cédula física.
Com informações Metrópoles