Esta é uma semana decisiva para o Brasil. Novamente um Presidente da República passará por julgamento político no parlamento, com impactos diretos na economia, que busca com muita dificuldade reencontrar o caminho do desenvolvimento.
Mais uma vez nossos olhares estarão voltados para o Congresso Nacional, em Brasília.
O julgamento é pelo Judiciário, mas cabe a Câmara dos Deputados decidir se autoriza ou não que o Supremo Tribunal Federal analise as denúncias contra o presidente Michel Temer.
São necessários 342 votos para que esta autorização aconteça e esse é o debate dos últimos meses. Não é sobre a retomada da economia, sobre as reformas que o país tanto precisa.
Essa turbulência constante na cena política gera incertezas e inibe os investimentos.
Que crise é essa?
Os grandes temas atualmente são políticos e não econômicos.
O nível de incerteza é enorme.
O Governo Temer permanecerá? Caso fique, qual será sua base de apoio para tocar o país? Existem outras denúncias contra ele? Resistiremos a novas revelações?
Caso Temer seja afastado, o que esperar do país? O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, terá condições de levar o Brasil até as eleições de 2018?
Perceba. O debate sobre a retomada está em segundo plano. O que estamos fazendo para gerar novos investimentos, reaquecer o setor produtivo e gerar emprego?
Retomada
Neste mar de indefinições, precisamos de respostas rápidas e claras, sejam elas o que for.
A decisão dos deputados não é fácil. É preciso olhar pela governabilidade, pela tranqüilidade econômica, mas não dá para tapar os olhos e fingir que nada aconteceu.
É preciso maturidade, responsabilidade e, principalmente, celeridade.
O Brasil precisa retomar o trilho do desenvolvimento econômico. Parar de falar em política e centrar o foco em produção.