O governador Carlos Moisés (PSL) trabalhou e descansou no fim de semana. De volta ao Executivo após absolvição no impeachment na sexta-feira (7), reuniu-se no sábado (8) com parte dos secretários e agendou para terça-feira (11) uma reunião com as 54 estruturas de governo para diretrizes concretas. O encontro pode ser virtual em razão do número de pessoas.
No domingo (9), Dia das Mães, Moisés não tinha compromissos políticos agendados. O governador celebrou a data na presença de dona Irene da Silva, sua mãe, e Domingos da Silva, seu pai, além da mulher, Kesia, e das filhas.
A primeira reunião após o impeachment
Cerca de 20 secretários estavam na reunião de sábado, entre os quais Eron Giordani (Casa Civil), Jorge Tasca (Administração) e Paulo Eli (Fazenda). Foram discutidas medidas importantes para o governo do Estado, como ajuda financeira aos micro e pequenos empreendedores catarinenses e a ampliação do recém-anunciado auxílio emergencial estadual.
Presente no encontro, o novo secretário de comunicação, João Cavallazzi, informou que, com a Casa Civil, por exemplo, fica a coordenação de um diálogo com a Alesc (Assembleia Legislativa) para agilizar o crédito a empreendedores afetados pela pandemia.
O projeto prevê um aporte de R$ 250 milhões em financiamentos com juros pagos pelo Estado. Entre os beneficiados estariam micro e pequenos empreendedores e trabalhadores autônomos. O setor de eventos está garantido no projeto.
Também na Casa Civil, deve-se deliberar sobre a liderança do governo na Alesc, atualmente com o deputado José Milton Scheffer (Progressistas). Cavallazzi disse que o assunto não foi discutido no sábado, mas será nas próximas semanas.
Quanto ao auxílio emergencial do Estado, o governo pretende fazer reformulações, flexibilizando o público-alvo. Incluir quem recebe auxílios do governo federal no benefício estadual é um objetivo.
O secretário Paulo Eli tem uma reunião, na terça-feira (11), com técnicos para analisar essa proposta elaborada pelo governo interino de Daniela Reinehr (sem partido).
“No primeiro momento, a avaliação é que a proposta deixa muitos grupos de fora e o objetivo é atender o maior número de pessoas, dentro da realidade financeira”, informou Cavallazzi. Eli também foi incumbido de revisar os atos assinados no período que esteve fora da pasta.
“Da forma como está, a medida exclui quem recebe algum tipo de auxílio do governo federal, o que no nosso entendimento reflete grande parte da população de Santa Catarina”, aponta Carlos Moisés.
Reaproximação com municípios e exonerações
Nesta retomada, Moisés também pretende se aproximar dos municípios. Segundo Cavallazzi, essa não será uma medida política, mas com base em projetos viáveis, sem privilégio a aliados em detrimento de não aliados.
“Isso seria penalizar o cidadão catarinense. Não está dentro do que o governo preconiza”, disse o secretário. O governo define na terça o primeiro município a a ser visitado entre quinta e sexta desde que Moisés reassumiu o cargo.
No enfrentamento à pandemia, estão descartadas medidas restritivas no momento. O governador também determinou às forças de segurança mais fiscalização para evitar aglomerações.
Pouco depois de tomar posse, na sexta-feira, Moisés fez as primeiras trocas no Executivo. O Diário Oficial do dia 7 de maio registra a exoneração de titulares em mais de 60 cargos no governo, entre secretários, adjuntos e dirigentes que haviam sido nomeados por Daniela Reinehr.
Entre os demitidos, 12 que atuavam no gabinete do governador, oito na Secretaria do Desenvolvimento Social, sete na Secretaria da Saúde, seis na Casa Civil. O Diário Oficial também promove Jorge Tasca de duas formas. Ele tornou-se coronel da Polícia Militar e voltou ao cargo de Secretário de Administração.
Com informações ND Mais