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Após carta de Bolsonaro, Doria ironiza: “Leão virou rato. Grande dia”

Minutos após carta aberta divulgada pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido), na qual recua e diz que fala de caráter golpista no 7/9 decorreu do calor do momento, o governador de São Paulo, João Doria Jr. (PSDB), reagiu nas redes sociais em tom de ironia. Doria e Bolsonaro são considerados rivais políticos.
“O leão virou um rato Rato. Grande dia!”, escreveu Doria, sem citar nomes.

A carta é um recuo de Bolsonaro, em meio a uma crise institucional com o STF e com o Congresso e a uma paralisação de caminhoneiros que ganhou força ontem. No documento, Bolsonaro suaviza o tom ao citar o ministro Alexandre de Moraes, alvo principal dos seus ataques no feriado da Independência.

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Intitulada “Declaração à Nação”, a nota oficial do governo Bolsonaro foi divulgada momentos após uma reunião com ex-presidente Michel Temer, em Brasília. No encontro, um dos assuntos tratados foi a paralisação de caminhoneiros, que o governo tenta controlar — em 2018, quando era presidente, Temer lidou com uma greve da categoria. E foi Temer quem indicou Moraes para o STF.

“No instante em que o país se encontra dividido entre instituições é meu dever, como Presidente da República, vir a público para dizer: 1. Nunca tive nenhuma intenção de agredir quaisquer dos Poderes. A harmonia entre eles não é vontade minha, mas determinação constitucional que todos, sem exceção, devem respeitar. 2. Sei que boa parte dessas divergências decorrem de conflitos de entendimento acerca das decisões adotadas pelo Ministro Alexandre de Moraes no âmbito do inquérito das fake news. 3. Mas na vida pública as pessoas que exercem o poder, não têm o direito de “esticar a corda”, a ponto de prejudicar a vida dos brasileiros e sua economia”.

Bolsonaro e Doria foram aliados e chegaram a promover ações de marketing eleitoral com a junção de seus nomes —a chapa “BolsoDoria”. Depois do pleito, no entanto, eles se tornaram rivais.

Os conflitos se acirraram durante a pandemia da covid-19, com críticas de parte a parte em face de posicionamentos divergentes em relação às medidas de prevenção, lockdown, isolamento social e as vacinas.

 

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