Há exatamente um ano, o município de Caçador passava por uma das piores crises, ou a pior crise de energia elétrica já vista. Foram cinco dias totalmente às escuras após um tornado derrubar torres de transmissão de energia, em Campos Novos.
Na época, uma linha de transmissão, que poderia ser uma alternativa, em Tangará, também havia sido derrubada por temporal e não foi reerguida. Muitos foram os prejuízos, tanto para a população em geral, mas quem sofreu bem mais e teve os prejuízos mais evidentes foram os agricultores e produtores, como por exemplo de leite, queijos e dentre outros que precisavam armazenar produtos perecíveis refrigerados.
Os prejuízos também foram sentidos de forma direta foi na indústria, onde que as empresas tiveram que interromper as linhas de produção por causa da falta de energia.
Uma grande mobilização precisou ser iniciada, já que estávamos em uma pandemia da Covid-19, o Hospital Maicé com aumento de casos e internações e a UTI Covid lotada e não tinha alternativa. Rapidamente precisaram colocar geradores a combustível no hospital e daí iniciada outro problema, para abastecer também não tinha como, pois os postos de combustíveis também precisaram ser fechados devido à falta de luz.
Desde as primeiras horas de apagão, lideranças políticas e empresariais iniciaram a pressão para que a Celesc solucionasse o problema, mas pouco podia ser feito. Não tinham uma linha alternativa para trazer energia à Caçador. A luz acabou na noite de sexta-feira e só retornou no final da noite de terça-feira, quase início da madrugada de quarta.
Um ano após este fato, pouca coisa foi feita para que quando ocorrer temporais, Caçador tenha uma linha alternativa para que não seja mais prejudicada com apagões. A linha de transmissão, em Tangará foi reerguida, mas houve uma pressão para que a linha alternativa de Tangará, que também foi derrubada por temporais, fosse reerguida, que até o momento não foi feito.
Na atual situação, caso venha a ocorrer mais eventos meteorológicos, com ocorreu há um ano, Caçador pode novamente ser atingido por apagões.
A Fiesc, representando empresários de Caçador e região entraram com uma ação na Justiça contra a Celesc, para que esta repare os danos causados pelo apagão, que ficará registrado na história de Caçador.
A Prefeitura de Caçador também move uma ação na Justiça cobrando indenização pelos prejuízos e danos causados a população como um todo, uma vez que 100% da população de Caçador ficou sem energia elétrica durante todo o tempo.
O caso está em curso na Justiça Catarinense que deve analisar a demanda dos empresários.