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ANP questiona por que preço da gasolina não cai

A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) quer saber das distribuidoras por que os preços dos combustíveis não caem nas bombas na mesma proporção que nas refinarias da Petrobras. Pelas contas na agência reguladora, o litro da gasolina vendido pela estatal ficou R$ 0,51 mais barato nos últimos meses, mas as distribuidoras só repassam R$ 0,26 dessa queda e, para os motoristas, a redução não passou de R$ 0,10.

Com o argumento de que faz parte das suas atribuições zelar pelo consumidor, a agência reguladora, em nota, informou que “tem adotado várias medidas para dar mais transparência à formação de preços e solicitando informações dos agentes periodicamente”. As distribuidoras terão 15 dias para apresentar uma explicação. Segundo a ANP, “foi observada a redução significativa de preços da gasolina pela Petrobras sem que essa decisão tenha chegado ao consumidor final”.

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A Plural, que representa grandes distribuidoras – como BR, Ipiranga e Raízen, parceira da Shell com a Cosan, respondeu com perplexidade ao questionamento da ANP. “Os preços dos combustíveis são ditados pelo mercado, que é livre. Quem forma preço é o mercado. A Plural não trata disso, apenas do ponto de vista conceitual”, afirmou Leonardo Gadotti, presidente da Plural. Ele ainda complementa que a competição entre os postos de gasolina é acirrada, já que há mais de 40 mil deles espalhados pelo Brasil, e que o número de distribuidoras ultrapassa 150.

A BR Distribuidora informou que vai avaliar o documento da ANP para responder no prazo. A Raízen não se pronunciou. Já a Ipiranga, por meio de sua assessoria de imprensa, informou que não recebeu nenhum pedido de esclarecimento da agência em relação a sua política de preços.

“De todo modo, a empresa ressalta que opera em regime de livre iniciativa e concorrência, de acordo com a Lei 9.478/97 (Lei Petróleo), sem exercer nenhuma interferência da determinação do preço bomba”. A Ipiranga reforça que preza pela ética e transparência em todas as suas ações e relações”, afirmou.

A Fecombustíveis, que responde pelos postos revendedores, não quis comentar.

O preço da gasolina começou a cair nas refinarias da Petrobras no dia 25 de setembro, seguindo movimento do mercado internacional. Passado p período de instabilidade geopolítica provocada pela sansão dos Estados Unidos ao petróleo do Irã, e diante do desaquecimento das principais economias consumidoras, as cotações da commodity e dos combustíveis iniciaram sua trajetória de queda.

Com informações A Folha de São Paulo 

 

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