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Adolescente com diabetes é impedido de fazer o Enem após alarme do sensor de glicemia

Adolescente

Adolescente foi retirado da sala e obrigado a deixar a escola onde a prova era aplicada

Um caso de discriminação e falta de sensibilidade marcou a aplicação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) neste domingo (3). Um adolescente de 17 anos com diabetes tipo 1 foi impedido de continuar a prova após o alarme do sensor de glicemia, utilizado para monitorar seus níveis de açúcar no sangue, disparar.

O pai do jovem, Rudnei Noro, relatou nas redes sociais que informou a condição do filho no momento da inscrição, mas não recebeu nenhum tipo de atendimento especial. O adolescente foi alocado em uma sala regular, junto com os demais candidatos.

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Durante a prova, o alarme do sensor, que estava acoplado ao celular do jovem, soou uma única vez, alertando sobre uma possível alteração nos níveis de glicose. No entanto, esse simples fato foi suficiente para que o fiscal o retirasse da sala, alegando que o barulho estava perturbando os demais candidatos.

“É inadmissível que um jovem com uma condição de saúde crônica seja penalizado por precisar de um equipamento médico para garantir sua própria segurança”, desabafou Rudnei. “Falam tanto em inclusão, mas na prática a realidade é outra.”

O caso gerou revolta nas redes sociais e levantou questionamentos sobre a preparação dos locais de prova para receber candidatos com necessidades especiais. A falta de sensibilidade e a rigidez das regras do exame foram duramente criticadas por internautas.

O Metrópoles entrou em contato com o Ministério da Educação e o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) para obter um posicionamento sobre o caso, mas até o momento não houve retorno.

A importância do atendimento especial

A história do adolescente com diabetes evidencia a necessidade de um atendimento especial para candidatos com necessidades específicas. É fundamental que os locais de prova sejam adaptados para receber pessoas com deficiência e que os fiscais sejam treinados para lidar com situações como essa.

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