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A complexidade e outros paradigmas VI

No entendimento de Freitas (2003), a finalidade do paradigma positivista é a investigação, a explicação, o controle, a predição, a formulação de leis e regras gerais, considerando a realidade como objetiva e apreensível focalizando a relação do sujeito conhecedor com o objeto de pesquisa como neutra, independente de valores, uma vez que o que interessa no paradigma positivista reside na explicação causal, nas generalizações e análises dedutivas, quantitativas, centralizadas nas possibilidades de reprodução do evento.

Ademais disso, Roesch (1999) observa que o paradigma positivista é reducionista, ou seja, problemas como um todo são mais bem compreendidos se eles são reduzidos a elementos mais simples possíveis.

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Tal fato contraria o paradigma da complexidade que admite uma realidade complexa e fragmentada que não pode ser simplificada com base em leis gerais, concluídas, sendo que a explicação dos eventos só é dada através da união de noções que se excluem no âmbito do princípio de simplificação e redução.

Já o paradigma fenomenológico, segundo Roesch (1999) parte da perspectiva de que o mundo e o real não são objetivos e externos ao homem, mas construídos socialmente recebendo um significado a partir do próprio sujeito.

Dentro dessa concepção o objetivo do pesquisador não é levantar fatos e medir a freqüência de certos padrões, mas apreciar as diferentes construções e significados que são atribuídos pelas pessoas a sua experiência, buscando fundamentar seus comportamentos.

Mora (2001) expõe que a fenomenologia compreende um “método” e um “modo de ver”. Ambos estão estreitamento relacionados porque o método se constitui mediante um modo de ver, e este se torna possível por meio do método. O paradigma fenomenológico ultrapassa os limites das abordagens empírico-analíticas.

Ommati (2003) sustenta que o paradigma fenomenológico enfatiza a necessidade de reconhecer que toda experiência está sujeita à interpretação, cuja dimensão pode ser subjetiva ou objetiva. A fenomenologia procura penetrar na situação em si mesma, por intermédio de um método de clareamento que permite a emergência de significados que podem ser analisados e partilhados, colocando-se antes de toda crença e de todo juízo para explorar de forma simples o objeto em questão. Já o paradigma da complexidade não pretende separar o ser, da existência e da vida, ocultando a riqueza do real.

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