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Único jornalista sobrevivente, Rafael Henzel recebe alta em Chapecó

O jornalista Rafael Henzel recebeu alta do Hospital Unimed, em Chapecó, às 21h47 desta segunda-feira (19). Único profissional de imprensa a sobreviver à tragédia com o avião que levava a delegação da Chapecoense e convidados para a Colômbia. A queda deixou 71 mortos e seis sobreviventes.

Rafael saiu do hospital em uma cadeira de rodas em direção a um carro. Ele ficou em pé antes de entrar no veículo e falou “valeu, gente, obrigado por tudo. Vida nova, vamos lá!”. O jornalista estava acompanhando da mulher, Jussara, e do filho.

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Já dentro do carro, ele chegou a falar com a imprensa antes de o veículo deixar a entrada do hospital. Rafael vestia uma camisa do time da Chapecoense.

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Pela manhã, em entrevista coletiva no hospital, o jornalista afirmou que se dedicará integralmente ao tratamento e recuperação das lesões causadas no acidente que matou 71 pessoas na Colômbia para voltar ao trabalho em 9 de janeiro e narrar o jogo da Chapecoense contra o Joinville no dia 25 de janeiro.

“A gente tem que lembrar sempre dos que se foram, mas é preciso dar um passo para a frente”, disse Rafael Henzel.

“A partir de agora, nada será mais problema para mim. Vou apresentar programa de rádio com 2ºC e achar ótimo. Estou na fase do agradecimento, tudo é motivo para agradecer, por estar aqui, por ter uma segunda oportunidade, pelos meus amigos. Não sei se vou ser uma pessoa melhor, mas vou me esforçar para entender o propósito, mas já compreendo que podemos recuperar muita coisa com a fé e a gente tem que levar esta mensagem”, afirmou.

O jornalista contou que não teve pesadelos com a tragédia, mas que foi somente em Chapecó que conseguiu dormir por quatro horas seguidas. “A gente vai eternizar a todos que se foram, mas tenho comigo que preciso seguir. 2017 será muito importante para todos nós”.

Viagem de avião
Ele também contou que não teve medo de viajar de avião depois do acidente. “Sei que foi uma falha humana. Claro que vamos repensar comportamentos, mas temos outros jogos fora do país, mas não pensei direito se vou continuar viajando. Tenho uma série de coisas para fazer quando chegar em casa”.

Desde que estava na Colômbia, ele recebeu mais de mil mensagens pelas redes sociais e conversou com famílias de vítimas. “Eu tenho dito que todos estavam muito felizes, não houve desespero, nem correria na hora do acidente. O avião apenas bateu no morro e tudo aconteceu. Todos estavam realizando o sonho de levar a Chape para aquele jogo”, relatou.

Há 21 dias fora de casa, desde que saiu para narrar o jogo com o Palmeiras, Henzel faz planos para a volta. “Você poder estar na sua sala, no seu quarto e ficar mais à vontade, não tem preço. Estou muito ciente das minhas limitações. Eu tenho esse problema no pé, mas não vou reclamar dele, jamais. Graças a Deus tive essa segunda chance. Esses 30 a 40 dias em que precisarei para me recuperar me permitirá viver muito mais,”contou.

Neto
O zagueiro Neto, que está internado em Chapecó, caminhou no sábado (17) à noite, no quarto do hospital, pela primeira vez desde o acidente aéreo na Colômbia. Ele teve o auxilio do médico responsável, informou o Hospital Unimed. O jogador pode voltar a treinar em 3 a 4 meses, disse o médico Marcos Sonagli neste domingo (18).

Ainda de acordo com o boletim médico da unidade, divulgado neste domingo, o goleiro Follmann passará por uma nova cirurgia na próxima semana e o jornalista Rafael Henzel segue com previsão de alta na segunda (19).

Em coletiva de imprensa neste domingo, o médico Marcos Sonagli confirmou os primeiros passos do zagueiro, feitos com um colete, para dar um suporte na coluna. Ele teve fratura na quinta vértebra lombar.

“Ele conseguiu caminhar com um pouco de auxílio e não teve dor na região lombar. Ele tem falado que quer voltar a jogar. Isso ele deixa bem claro. Mas a primeira intenção dele é ir para casa”, disse o médico.

Ainda de acordo com o médico, o jogador terá que usar o colete por 90 dias, mas logo após poderá voltar a treinar. “Eu acredito que ele já possa estar treinando, dependendo das lesões associadas nos membros inferiores, entorno de 90 a 120 dias, de 3 a 4 meses”, complementou Sonagli.

De acordo com boletim médico deste domingo, Neto dormiu melhor e está alimentando-se bem. Oficialmente, no boletim, o hospital informa que não há previsão de alta. Entretanto, a assessoria do hospital confirma que há possibilidade de alta em uma ou duas semanas.

“O plano terapêutico é a manutenção da antibioticoterapia endovenosa, exames laboratoriais e radiografia da coluna lombar de controle”, diz o boletim.

Na unidade, ele segue fazendo exercícios de fisioterapia e fonoaudiologia.

Neto foi último sobrevivente resgatado da tragédia com o avião que levava a delegação da Chapecoense. Ele chegou em Chapecó às 21h46 de quinta-feira (15).

Follmann
Segundo o hospital, na próxima semana está prevista intervenção cirurgica na perna e no tornozelo esquerdo de Jackson Follmann. “O plano terapêutico é a manutenção da antibioticoterapia endovenosa por infecção na perna direita e fratura exposta de pé esquerdo”.

Na coletiva de imprensa neste domingo, o médico o médico Rovani Camargo explicou que o jogador passará por um procedimento para colocar o tornozelo em um posição funcional, para poder caminhar, chamada artrodese.

Ainda segundo o boletim da tarde deste domingo, Follmann apresenta quadro clínico estável, mas ainda não há previsão de alta.

Ele está se alimentando adequadamente, mas dormiu pouco. Depois de avaliado pela equipe de fisioterapia, fonoaudiologia e nutrição, ele faz neste domingo exames laboratoriais de rotina.

O jogador  teve parte da perna direita amputada, estava internado desde a noite de segunda-feira (12) em São Paulo, onde foi submetido a uma cirurgia.

O goleiro da Chapecoense foi o último sobrevivente brasileiro a retornar a Chapecó. Ele chegou de avião à cidade do Oeste catarinense no início da tarde deste sábado (17).

Alta
O lateral Alan Ruschel concedeu uma entrevista coletiva na manhã de sábado (17), na Arena Condá.

Alan deixou o hospital na tarde de sexta-feira (16). Ele foi o primeiro dos quatro sobreviventes brasileiros a ter alta, 17 dias após o acidente aéreo com o avião da Chapecoense.

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