Para a promotora do júri dos réus acusados de matar Julio Cesar Pereira Lopes o crime foi bárbaro. Luciana Leal Musa teve sua fala na manhã desta sexta-feira, 18, no fórum da Comarca de Caçador.
Segundo ela, no dia do crime a vítima dançou com as namoradas de Cleiton e Cristiano. Sendo assim os dois juntamente com Felipe o convidaram a ir até sua casa para praticar o crime. “Inocente, Julio foi até lá, onde passou horas sob tortura sem chance de defesa”, disse a promotora.
Dra. Luciana deu detalhes de como o crime teria acontecido. “Cleiton estuprou Julio e o obrigou a fazer sexo oral em Felipe. Depois disso a vítima foi imobilizada para Cleiton desferir os golpes de facão. Além disso Julio foi obrigado a introduzir um bastão em seu ânus”, afirmou a promotora.
Ainda segundo Luciana, a ex-namorada de um dos réus contou para a irmã da vítima sobre o crime. “Cristiano confessou o crime para a namorada que então passou a informação para a irmã de Julio”, disse.
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Para a PM, Cristiano e Felipe confessaram o crime mesmo antes de chegarem até a delegacia e darem detalhes do acontecido. “Em seu depoimento Cristiano confirmou que sabia da intenção de Cleiton. Ele fez a cruz no peito da vítima, o mandaram tomar banho então estupraram e o obrigaram a fazer sexo oral. Somente depois o levaram até o reservatório da Casan para desferir o golpe de facão”, afirmou.
Em sua fala a promotora deixou claro que ao mudarem seu depoimento os réus tem objetivo de desqualificar o crime de estupro e sequestro. “A intenção é aliviar a barra de Felipe e Cristiano. Pois na delegacia Cristiano confessou o crime, todos deram detalhes de como aconteceu o crime e confirmaram as informações, mas aqui mudaram totalmente”, completou.
Por fim a promotora pediu a condenação dos réus por homicídio triplamente qualificado por motivo fútil com meio cruel que impossibilitou a defesa da vítima. A pena seria de aproximadamente 22 anos se condenados por todos os crimes.