Quase sete anos após a morte de Amélia Bertotto, ocorrido em setembro de 2012, em Calmon, o caso terá um desfecho total. Mais dois réus suspeitos de envolvimento no crime bárbaro vão a júri popular, sendo eles, o ex-vereador de Calmon Cloreni de Almeida, o Nerizinho, e o PM da reserva Valdecir de Jesus Budal.
O júri popular acontecerá no Fórum da Comarca de Caçador na terça-feira, 26, a partir das 9h. A sessão do júri será presidida pelo juiz Gilberto Killian dos Anjos. Na acusação atuará a promotora Luciana Leal Musa. A defesa dos dois réus será feita pelo advogado Claudio Gastão Filho.
O ex-vereador é suspeito de ser o mandante do crime. Já o policial militar, foi denunciado como coautor do crime por fornecer armamento e um colete balístico. O policial, na época dos fatos trabalhava no destacamento de Calmon e tinha forte ligação com Nerizinho que na época era vereador e foi reeleito para um novo mandato em 2012.
O caso
Amélia Bertotto foi brutalmente assassinada em casa, na Linha São João de Cima, interior de Calmon no mês de setembro de 2012, durante o pleito eleitoral. O filho da vítima, na época com 15 anos, também foi baleado.
Nerizinho foi preso no início do mês de novembro do mesmo ano, junto com outras duas pessoas. Mas a defesa conseguiu a liberdade do então vereador para aguardar julgamento em liberdade.
O então policial da ativa, Valdecir Budal, foi preso quatro dias depois por suspeita de envolvimento no crime. Também aguarda julgamento em liberdade.
Conforme apurado na época, o crime teria sido motivado por conta de rixa política, uma vez que foi cometido próximo ao dia das eleições municipais, cujo Nerizinho concorria a reeleição, onde acabou sendo eleito.
Três réus condenados no primeiro júri
Em 2015, foi realizado o primeiro julgamento do caso, onde os réus eram Alisson Donyzett de Almeida, filho do ex-vereador, José de Melo Alves e Edinei Cleiton Almeida. Os três foram condenados a 15 anos de prisão. Porém, Cleiton foi beneficiado com a delação premiada e a pena foi reduzia a 10 anos.