A Polícia Civil de Blumenau, no Vale do Itajaí, indiciou um psicólogo suspeito de aliciar pacientes menores de idade. As vítimas seriam dois irmãos de 13 e 16 anos, que teriam recebido mensagens do homem oferecendo dinheiro em troca de relações sexuais.
O caso foi descoberto na última sexta-feira (2), após os irmãos conversarem entre si e perceberem que havia algo de estranho no comportamento do profissional, de 33 anos. Eles contaram aos pais, que levaram o episódio até a DPCAMI (Delegacia de Proteção a Criança, Adolescente, Mulher e Idoso).
O suspeito foi localizado e prestou depoimento. Segundo o delegado Felipe Orsi, o homem negou os fatos e justificou-se dizendo que não era a intenção dele colocar os adolescentes em uma situação de violência sexual. No entanto, não foi possível efetuar a prisão do profissional em flagrante, uma vez que as mensagens foram enviadas dias antes.
Ainda segundo Felipe Orsi, o inquérito foi concluído nesta terça-feira (6) e o psicólogo foi indiciado por dois crimes: favorecimento e exploração sexual de menores e incitar o uso de entorpecentes, já que o suspeito teria convidado a vítima de 16 anos para fazer uso de maconha.
“Quem foi contratado e teve a confiança da família pra proteger e acompanhar o psicológico dos meninos, foi justamente a pessoa que estava ali como um abusador, estava agredindo a questão psicológica deles. Então é sem dúvida nenhuma bastante revoltante. A Polícia Civil agora está dando andamento ao caso pra dar a máxima celeridade possível”, diz o delegado.
A Polícia Civil também trabalha para identificar outras possíveis vítimas que possam ter sido alvos do psicólogo. Segundo o delegado, o homem já trabalhou no atendimento de crianças e adolescentes portadoras de necessidades especiais.
Pais precisam ficar atentos
Para evitar esse tipo de crime, Felipe Orsi orienta aos pais para que fiquem atentos ao comportamento dos filhos na internet. Segundo ele, as redes sociais são a principal porta de entrada desse tipo de criminoso.
“O que cada um deve fazer é verificar o entorno, é verificar a questão das redes sociais e os celulares. No caso dos adolescentes, claro, é um pouco mais difícil, mas mesmo assim os pais tem que ficar atentos a esse tipo de situação que realmente é a porta de entrada para crimes sexuais”, finaliza o delegado.
Com informações ND Mais