A professora auxiliar, Alessandra Abdalla, de 45 anos, foi assassinada a tiros pelo ex-companheiro, quando estava próxima da creche onde lecionava, localizada no bairro Tapera, em Florianópolis. A servidora pública deixa uma filha de 20 anos.
Segundo informações apuradas pelo repórter da NDTV Osvaldo Sagaz, o fato aconteceu por volta das 7h30 desta quinta-feira (24). O assassino e ex-companheiro da vítima era um policial militar e fugiu logo após o crime.
A professora havia recém descido do ônibus quando foi abordada pelo criminoso com seis tiros de arma de fogo, que fugiu em seguida. Ela estava a poucos metros do local de trabalho, no Núcleo de Educação Infantil Tapera.
De acordo com o Sintrasem (Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal de Florianópolis), o policial não aceitava o término do relacionamento e já havia ameaçado atirar nela anteriormente.
A servidora já possuía um Boletim de Ocorrência e tinha medida protetiva contra o ex-companheiro, como informa a Polícia Civil.
“A luta pela igualdade de gênero não pode descansar. Não é aceitável ser assassinada em seu local de trabalho. Não é aceitável morrer por conta de seu gênero. Isso não pode ser normalizado. O Sintrasem deixa os seus mais sinceros pêsames à família e aos amigos da professora neste momento difícil”, lamenta o Sindicato.
Alessandra morava na Palhoça e era servidora pública desde 2014. Para atender a ocorrência, estavam presentes a Polícia Militar e Civil e a GMF (Guarda Municipal de Florianópolis).
A prefeitura emitiu uma nota de pesar pelo feminicídio, repudiando o ato. O secretário de Educação, Maurício Fernandes Pereira, enfatiza que o feminicídio é um tipo de homicídio qualificado, “um crime hediondo”.
“Estamos abalados com um ato monstruoso como esse”, diz o secretário. “Chega de misoginia, de repulsa e de ódio às mulheres. Os homens não são donos do corpo e da vida das mulheres”, complementa.
Com informações ND Mais