Uma ação conjunta nesta sexta-feira (30) resultou na prisão no Estado do Pará de um homem suspeito de feminicídio da companheira, no Oeste de Santa Catarina, que estava foragido desde março. A prisão foi por volta das 15h30min em Novo Progresso, no Pará. Ele estava em um restaurante quando policiais civis daquele Estado o prenderam.
O trabalho envolveu a Polícia Civil de Santa Catarina, a Polícia Civil do Pará, a Secretaria de Operações Integradas/Ciberlab/Coordenação de Combate ao Crime Organizado/Diretoria de Operações/MJSP e Gaeco/MPSC de São Miguel do Oeste.
Nas últimas semanas após trabalho integrado entre a Polícia Civil catarinense, por meio da Diretoria de Inteligência e da Delegacia de Dionísio Cerqueira, além dos outros órgãos envolvidos e policiais do Pará, obteve-se fortes indícios que o homem poderia estar na residência de familiares. Segundo o delegado regional de São Miguel do Oeste, Adriano Bini, foi mantido contato com a Polícia Civil do Pará, que prontamente passou a diligenciar e teve êxito na prisão.
As investigações do caso se iniciaram logo após ter sido noticiado o desaparecimento do casal, no dia 19 de março de 2019. Ao empreender diligências e colher informações iniciais, levantou-se a suspeita de que o fato se tratava de um crime de feminicídio, o que foi confirmado no dia 04/04/2019 com a localização do corpo da vítima, em Barra Bonita.
Conforme a investigação, foi apurado que o homem, companheiro da vítima, na madrugada do desaparecimento (17.03), atentou contra a vida dela, em Dionísio Cerqueira, e fugiu para São Paulo, abandonando o veículo em um posto de combustíveis em Marmeleiro (PR), dando continuidade à fuga por carona.
Com o apoio da Delegacia de Antissequestro de São Paulo, foi possível recuperar o celular do investigado, encontrado com uma testemunha, e apontar que ele esteve naquelas cidades com o intuito de fugir da polícia catarinense. Por meio de técnicas especiais de investigação foi possível colher provas que o homem é o autor do feminicídio que vitimou a mulher e apontar testemunhas que confirmaram a autoria, motivo pelo qual a Polícia Civil representou pela prisão temporária do investigado, sendo acolhida pelo Judiciário.