O prefeito de Major Vieira e presidente da Fecam (Federação Catarinense de Municípios), Orildo Servegnini, foi preso preventivamente na manhã desta quinta-feira (13). As informações foram confirmadas à produção da NDTV.
A prisão de Orildo faz parte da segunda fase da operação “Et pater fillium”, deflagrada pelo MPSC (Ministério Público de Santa Catarina) e pela Polícia Civil, que investiga crimes de uma organização criminosa voltada para prática de corrupção, fraude à licitação e lavagem de dinheiro. Além do prefeito, o filho dele também teria sido detido.
Além das prisões, 11 mandados de busca e apreensão foram cumpridos nas cidades de Major Vieira, Papanduva e Monte Castelo, no Planalto Norte catarinense. Segundo o MPSC, para não atrapalhar as investigações, esta fase do processo tramita, por ora, em segredo de justiça.
A operação realizada nesta manhã contou com a participação de 30 policiais, civis e militares, integrantes da DIC (Divisão de Investigação Criminal) de Canoinhas e do Gaeco (Grupo Especial de Combate ao Crime Organizado).
O nd+ entrou em contato com a Prefeitura de Major Vieira. O advogado da Prefeitura, Anderson Bernardo, informou que não havia recebido, até as 10h, a confirmação da prisão.
A reportagem também entrou em contato com a Fecam, mas não teve retorno até as 10h.
Operação Et pater filium
A primeira etapa da operação ocorreu no dia 31 de julho, com o cumprimento de 20 mandados de busca e apreensão. Na ocasião, foram recolhidos documentos, cópias de processos licitatórios, dispositivos eletrônicos, cheques e mais de R$ 300 mil em espécie.
A operação investiga uma possível organização criminosa voltada à pratica de crimes de fraudes a licitações e corrupção no Planalto Norte catarinense, especialmente no município de Major Vieira.
O nome Et pater filium remete ao fato de que os suspeitos seriam duas duplas de pai e filho: empresários, de um lado, e funcionários públicos, do outro.
As investigações são um trabalho conjunto da Subprocuradoria-Geral de Justiça para Assuntos Jurídicos do MPSC, por intermédio do GEAC (Grupo Especial Anticorrupção) e do Gaeco, com a Divisão de Investigação Criminal da Polícia Civil de Canoinhas.
Com informações ND Online