Vagas de emprego
Reportagem especial do jornal Diário Catarinense deste domingo, 16, apresentou um cenário preocupante em todo o Estado: faltam trabalhadores e muitos estão sendo trazidos dos estados vizinhos para suprir esta demanda.
Em Caçador, a situação está igual. Números extraoficiais dão conta de que estão abertos quase 1 mil postos de empregos nas mais diversas áreas, mas não há profissionais para suprir.
As empresas estão recorrendo a um método jamais visto: carros de som nas ruas chamando os trabalhadores.
Continua, claro, fazendo uma grande diferença a falta de escolaridade por parte dos candidatos, mas, em muitos casos, isso está sendo deixado de lado. Os empresários já estão partindo para a prática, antes mesmo de olhar o currículo.
Se a pessoa for bem, depois vê-se o que pode ser feito, mas o importante é que aquela vaga seja preenchida por uma pessoa qualificada.
O problema, entretanto, é bastante complicado para resolver. A concorrência desleal do Governo Federal com o setor produtivo é o maior entrave diante da necessidade de trabalhadores.
Os “malacos” da carteira assinada já sabem exatamente quanto tempo vão trabalhar: 6 a 7 meses para depois usar o “jeitinho brasileiro” e ser demitido, para ficar recebendo o seguro-desemprego.
Além do seguro, na sequencia ele já parte atrás das bolsas-auxílio e fica tranquilo usufruindo das benesses oferecidas pelo Governo.
Alguns podem até afirmar que se a pessoa fosse melhor remunerada, isso não aconteceria. Talvez. Quem faz isso não está muito preocupado em se qualificar mais para, aí sim, receber mais.
Quem se destaca nas corporações hoje, nas micro e pequenas empresas, no comércio e nos serviços são os mais qualificados, aqueles que investem um pouco do seu tempo para se preparar para então ganhar mais.
Agora, os iguais ganham de forma igual. Simples assim.
Vagas de emprego 1
Agora, se acaso a pessoa tivesse que apresentar um certificado de horas de qualificação cada vez que fosse receber a parcela do seguro-desemprego, com certeza esta situação mudaria e muito. Ou haveria uma diminuição do número de desempregados com menos de um ano de carteira assinada ou teríamos logo no mercado uma quantidade bem maior de pessoas com qualificação.
Vagas de emprego 2
Enquanto isso não acontece, as entidades de classe continuam trabalhando para tentar reverter o quadro e procurar um ponto de equilíbrio que venha suprir as necessidades das empresas caçadorenses.
Formaturas
Poucas ou quase nenhuma empresa que está realizando as formaturas neste ano é de Caçador. Pergunto: essas empresas recolhem impostos em cima dos milhares de reais que levam da nossa cidade em cada turma que se forma?
Exemplo? Para uma turma de 17 pessoas, o custo chega a quase R$ 100 mil, entre decoração, baile, convites, fotografias e filmagens. E tudo isso é responsabilidade de uma empresa de fora da cidade. Eles não usam nem a segurança local para os eventos.
Está na hora da Secretaria de Fazenda dar uma olhada nisso. Caçador está perdendo impostos e contribuições e outro município está ganhando.
Formaturas 1
Agora, em muitas formaturas o bar é de caçadorenses, que exploram os valores dos produtos de uma forma inacreditável. Exemplo é um baldinho (onde vai menos de meio pacote de gelo, que custa R$ 6,00) que é vendido nas formaturas a R$ 12,00.
Isso sem contar o preço das bebidas, como o refrigerante que custa R$ 4,50.
Será que também são as empresas de formatura que tabelam estes preços exorbitantes? O Procon pode ser acionado neste caso?
Avião
22h de domingo, dia 16 de março. Ouço um avião no céu de Caçador. Provavelmente levantou do Carlos Alberto da Costa Neves que agora tem instrumentos e balizamento noturno. Caçador ganhou e muito com isso, principalmente se pensar que este avião poderia estar voando por motivos de saúde.