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PM vítima de atropelamento em Lages relata momentos de tensão

Em um vídeo publicado nas redes sociais, o sargento da Polícia de Militar Joel Alves de Souza, de 48 anos, uma das seis vítimas do atropelamento de sexta-feira (1º) no Centro de Lages, na Serra catarinense, falou sobre o caso, como mostrou o Bom Dia Santa Catarina desta segunda-feira (4). O motorista do veículo foi morto pela polícia.

O sargento estava de moto quando foi atingido e arrastado pelo carro.

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“Ele bateu atrás, me arremessou para cima do carro. Quando ele freou, eu desorientado, cai em cima do carro. Ele veio, acelerou por cima de mim. O meu corpo travou o carro, não deixava ele ir para frente”

O motorista que atropelou as pessoas, Giovanni Oliveira Fornari, de 41 anos, foi baleado por um policial militar na região do abdômen.

Segundo a PM, após os atropelamentos, o motorista Giovanni Oliveira Fornari, de 41 anos, desceu do carro com uma faca e foi cercado pelos policiais. Ele foi baleado por um policial militar na região do abdômen e morreu no hospital.

Uma mulher de 33 anos permanece internada na manhã desta segunda-feira no Hospital Nossa Senhora dos Prazeres. Outras quatro pessoas foram liberadas pouco após o atendimento.

Relato

Depois de ser atingido pela primeira vez, o sargento Joel chegou a achar que poderia ser socorrido.

“Ele deu uma ré e eu digo: ‘ah, que bom. O cara se tocou que estou aqui embaixo’. Ele deu uma ré, acelerou de novo e veio para cima de mim com tudo e me levou de arrasto por uns três, quatro metros, que causou todas essas lesões, todos esses machucados”.

O sargento teve três vertebradas quebradas, dois coágulos de sangue no pulmão e escoriações pelo corpo.

“Eu fiquei embaixo do carro. O cidadão abre a porta do carro e sai correndo. As pessoas que estavam por ali, os transeuntes, vieram todos correndo em volta do carro e eu gritava ‘tire o carro de cima de mim, pelo amor de Deus, tira o carro de cima de mim’. Eu estava perdendo o fôlego. Aquelas pessoas fizeram uma força imensa, ergueram aquele carro e me tiraram dali”, relembra.

O policial chegou a ser hospitalizado, recebeu alta na manhã de sábado (2) e se recupera em casa. “Estou vivo, graças a Deus, estou vivo”.

Atropelamento

O motorista não tinha antecedentes criminais. Conforme o delegado Rafael Barbosa, Giovanni “de forma proposital, foi na direção de diversas pessoas que transitavam”. A polícia ouviu testemunhas na tarde de sexta e, segundo os relatos, o motorista parou o carro antes do calçadão e, em seguida, acelerou.

Segundo a PM, Giovanni estava em alta velocidade quando invadiu o calçadão Túlio Fiúza de Carvalho. Ele atravessou a rua Coronel Córdova e passou pelo calçadão da Praça João Costa, atropelando cinco pessoas.

De lá, ele seguiu para a rua Nereu Ramos até a rua Coronel Serafim de Moura, onde bateu com a moto pilotada pelo sargento. O motorista arrastou o PM por alguns metros e parou no entroncamento com a rua Fausto de Souza. O condutor saiu do carro e foi correndo até perto da rua Correia Pinto, onde foi abordado por dois PMs.

Os policiais deram voz de parada, mas Giovanni foi na direção deles com uma faca e acabou atingido por um tiro na região do abdômen, informou a Polícia Militar. Ele foi socorrido e levado para atendimento hospitalar, mas não resistiu. Segundo a família, o motorista era esquizofrênico.

Com informações de G1

 
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