O ministro da Saúde Eduardo Pazuello teria pedido afastamento do cargo para o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), segundo informações do jornal O Globo. Segundo o jornal, o general teria comunicado estar com problemas de saúde e que precisaria de tempo para se reabilitar.
Em nota, o Ministério da Saúde afirmou que “o ministro Eduardo Pazuello segue à frente da pasta, com sua gestão empenhada nas ações de enfrentamento da pandemia no Brasil”.
Segundo a colunista Mônica Bergamo, do jornal Folha de S. Paulo, a cardiologista Ludhmila Hajjar, do Incor e da rede de hospitais Vila Nova Star, já desembarcou em Brasília para conversar com o Presidente da República para assumir o Ministério da Saúde.
Ludhmilla se especializou no tratamento da Covid. A médica tratou do próprio Eduardo Pazuello quando o ministro da Saúde contraiu a Covid-19, em outubro de 2020. Além dele, atendeu os ministros Tarcísio de Freitas, da Infraestrutura, e Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), além dos ex-presidentes da Câmara, Rodrigo Maia, e do Senado, Davi Alcolumbre.
Também são cotados para o cargo o médico e deputado federal Luiz Antonio Teixeira (PP-RJ), o Dr. Luizinho, que é presidente da Comissão Especial da Covid no Congresso, e o cardiologista Marcelo Queiroga, presidente da Sociedade Brasileira de Cardiologia.
Se a troca na pasta for confirmada, o país teria seu quarto ministro da Saúde desde o início da pandemia, em março de 2020. Antes de Pazuello, Luiz Henrique Mandetta e Nelson Teich ocuparam o cargo.
Ainda segundo O Globo e a Folha de S. Paulo, o presidente Bolsonaro vem sendo pressionado por integrantes do Centrão para a saída de Pazuello do Ministério da Saúde, por conta da má gestão da pasta durante o período da pandemia de coronavírus.
Segundo o jornal carioca, além de criticarem o trabalho do general na Saúde, os parlamentares disseram que o retorno de Lula à disputa ao Planalto faz o bloco ganhar força para pedir mais espaço na Esplanada dos Ministérios.
O pedido de afastamento de Pazuello aconteceria no pior momento da pandemia no país. No sábado (13), o Brasil registrou o 15º dia seguido com recorde na média móvel de mortes por conta do coronavírus: segundo dados de consórcio de veículos de imprensa, nos últimos sete dias, 1.824 pessoas foram vítimas da doença.