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Padre é preso suspeito de abusar de ao menos cinco crianças em SC

imagem ilustrativa

Um padre foi preso suspeito de abusar de pelo menos cinco meninos em casas paroquiais de São Francisco do Sul e Joinville. O sacerdote, de 36 anos, teve prisão temporária decretada após investigação da Polícia Civil e foi preso na tarde de sexta (9) na casa da mãe dele no bairro Jardim Paraíso, em Joinville.

A investigações começaram há cerca de duas semanas, quando familiares de quatro crianças denunciaram o líder religioso. Uma quinta vítima foi identificada durante a apuração do caso, que conforme a polícia, apontou elementos de que o padre cometeu crime de estupro de vulnerável:

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As denúncias surgiram depois que uma das vítimas pediu socorro ao pai através de uma mensagem no aplicativo Whatsapp. O menino participava de um retiro espiritual organizado pelo padre em uma paróquia de Joinville junto a outros três meninos.

Segundo o delegado, na ocasião, o menino se trancou no banheiro e pediu ajuda ao pai. O homem buscou as crianças e junto com outros pais, fez a denúncia que originou a investigação. As crianças são de São Francisco do Sul e teriam vindo ao retiro a convite do padre, que atuou por quatro anos e nove meses em uma paróquia da cidade. Ele havia sido transferido para Joinville há cerca de um mês.

Crianças disseram ter sido vítimas de abuso

Segundo a polícia, pelo menos cinco crianças confirmaram ter sido vítimas de abusos, alguns desde 2015. O delegado acredita que possa haver um número maior de potenciais vítimas, uma vez que nesses casos, muitos têm medo de se expor e, por se tratar de um “líder religioso, que goza de posição privilegiada na comunidade, muitas pessoas preferem se calar ao invés de trazer à luz fatos obscuros que envolvam uma liderança como essa”.

As crianças, que têm entre 12 e 13 anos, foram ouvidas por um psicólogo policial e relataram o que se passava dentro da casa paroquial enquanto estavam na companhia do sacerdote.

O homem foi levado para a Unidade Prisional Avançada de São Francisco do Sul, onde permanece preso temporariamente. Ele foi ordenado padre há cinco anos e não disse nada à polícia desde a prisão, “só responde em juízo”, explicou o delegado responsável pelo caso.

A Polícia Civil continua coletando elementos para embasar a denúncia e deve encaminhar um pedido de conversão da prisão temporária para preventiva na próxima semana. Ainda não há data para a conclusão do inquérito policial, mas nos casos que envolvem crimes hediondos o prazo é de até 30 dias. O padre foi afastado no momento em que a igreja soube da denúncia.

 

 

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