Fernando Morais contou, nas redes sociais, que ele, a esposa e o filho estavam no avião errado após meia hora dentro da aeronave; 62 pessoas morreram na tragédia
Por muito pouco, a família do sul-mato-grossense, Fernando Morais, não viajou no avião que caiu em Vinhedo, no interior de São Paulo. O acidente aconteceu na sexta-feira (10) e matou 62 pessoas.
Nas redes sociais, ele contou que chegou a embarcar na aeronave ATR-72, na manhã daquele dia, e só percebeu o engano quando uma comissária questionou a um passageiro sobre o destino de desembarque.
Queda de sistema causou confusão no embarque
Na gravação, Fernando conta que estava retornando de uma viagem que fez com a esposa, Bruna, e o filho, Benício, para o Chile. Ao chegar no aeroporto de Guarulhos, eles deveriam pegar um voo para Rio Verde, em Goiás e, de lá, iriam para a cidade de Chapadão Sul (MS), onde vivem.
“No monitor do portão de embarque, estava escrito Rio Verde, Goiás. A moça que fez o check-in conferiu, mas a VOEPASS estava sem sistema na hora de embarcar. Eles estavam embarcando primeiro o de Cascavel, mas a gente não sabia”, diz no vídeo. Fernando e a família acabaram entrando no avião que tinha como destino a cidade no Paraná.
“A comissária de bordo, Débora, ajudou muito a gente ali. Estávamos crentes que iríamos para Rio Verde, em Goiás”, afirma. Como a companhia aérea estava sem sistema, Fernando conta que muitos problemas foram registrados dentro da aeronave, principalmente, de assentos duplicados.
Além da família dele, um quarto passageiro também estava no voo errado. A comissária de bordo que ele cita no vídeo é Débora Soper Ávila, de 29 anos. Ela é uma das 62 vítimas da tragédia.
Família deixou avião que caiu em Vinhedo antes da decolagem
Fernando só percebeu que estava na aeronave errada quando um passageiro, que estava ao lado dele, foi questionado sobre o destino final. “A comissária disse que iria para Cascavel e eu disse: ‘o que estamos fazendo nesse voo então?’. Aí falaram no rádio com uma pessoa, que estava no solo, que tinham passageiros de Rio Verde no voo”, afirma.
Antes de serem realocados para o embarque correto, a tripulação da aeronave ofereceu a possibilidade de a família realizar o trajeto até Cascavel e, de lá, retornar para Guarulhos e então seguir em direção a Goiás.
“Caso a gente não conseguisse pegar o outro avião, a gente ia até Cascavel e depois voltar para Guarulhos. Eles iam fazer esse bate e volta com a gente”, conta Bruna. Após meia hora dentro da aeronave, eles foram transferidos para o voo correto.
‘Foi um livramento’, diz passageiro
A viagem da família aconteceu na sexta-feira (10), mesmo dia do acidente aéreo. O avião ATR-72 saiu de Guarulhos, pela manhã, foi até Cascavel (PR) e, no fim da manhã, voltaria para Guarulhos. No retorno, a aeronave caiu em Vinhedo, no interior de São Paulo.
“Foi um livramento, nossa. Ao mesmo tempo, muito triste, mas agradecido por ter escutado que a gente estava no voo errado e ter tirado a gente dali”, diz Fernando. Ele ainda relata que não sabe se o carrinho de bebê do filho foi despachado na aeronave em direção ao Paraná, ou continua em Guarulhos.
Fernando, a esposa e o filho tiveram muita turbulência na viagem entre Guarulhos e Rio Verde, mas chegaram em segurança no destino final.
Com informações ND Mais