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Morte de bebê é a 1ª por ‘ameba comedora de cérebro’ confirmada por testes no Brasil

Bebê

Testes confirmaram que uma bebê de 1 ano e 3 meses morreu por meningoencefalite infectada pelo parasita Naegleria fowleri, conhecida como “ameba comedora de cérebro”. Se trata da primeira vez que a morte pelo parasita é confirmada por exames no Brasil.

O parasita Naegleria fowleri tem o apelido de “ameba comedora de cérebro” porque entra no corpo humano a partir das narinas e migra diretamente para o cérebro, através do nervo olfatório, causando danos graves.

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A bebê morreu em 19 de setembro, no Ceará, sete dias após o início dos sintomas. A confirmação do Ministério da Saúde e da Secretaria de Estado de Saúde do Ceará foi publicada em 9 de dezembro, após exames de necrópsia confirmarem a presença do parasita.

A criança morava em um assentamento rural, na cidade de Caucaia, região metropolitana de Fortaleza. Ela morreu uma semana após começar a apresentar um quadro de febre, irritação e vômito, que rapidamente evoluiu para sintomas neurológicos.

A conclusão da Secretaria Estadual de Saúde do Ceará é que a criança foi infectada pela água do açude que abastece o assentamento onde a família vive.

“Ao saber que a criança nunca tinha se banhado no açude, a primeira hipótese é de que ela adquiriu a ameba no banho doméstico, na própria casa. Foi feita uma investigação e nós identificamos que a água que abastecia a casa vinha do açude, passava por um tratamento, mas não era adequado”, explicou o secretário executivo de Vigilância em Saúde do Ceará, Antônio Lima Neto.

O Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde do estado então fez testes na água armazenada na cisterna da casa e confirmou a presença da “ameba comedora de cérebro”. Depois disso, recomendou a desinfecção do reservatório e afirmaram que teste indicaram que não existiu registros de infecções do mesmo tipo antes do caso da bebê.

Morte de bebê por “ameba comedora de cérebro” é a primeira a ser confirmada por testes no Brasil

Este é o primeiro caso confirmado por exames no Brasil, mas há relato de um outro paciente que também teria morrido de meningoencefalite amebiana em São Paulo, em 1975. Dados do Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos, onde cerca de 160 casos foram reportados desde a década de 1960, apontam uma mortalidade de quase 98%.

A “ameba comedora de cérebro” é extremamente rara e vive livre em rios e lagos, sem depender de hospedeiros e se adaptando melhor em águas quentes. Ela não é transmitida pela ingestão de água contaminada, nem entre pessoas, apenas por via nasal, principalmente durante o mergulho em locais contaminados.

O diagnóstico é dificultado pelo fato dos sintomas serem bastante semelhantes aos de uma meningite bacteriana e ainda não há um tratamento específico contra a infecção pela ameba.

Com informações ND Mais 

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