Cansados de sofrer com a ação de ladrões, moradores do loteamento Santo Antonio, no bairro Berger, em Caçador, resolveram se unir para inibir a ação dos bandidos. Um encontro na semana passada definiu a criação de uma comissão de segurança e, entre outras medidas, um grupo no WhatsApp para acelerar as informações e vigilância sobre as residências.
O grupo já conta com mais de 100 participantes. “Quase todos os moradores do loteamento estão cadastrados já”, contam os organizadores.
Para a convocação da primeira reunião foram distribuídos panfletos nas residências de todos os moradores. “Apesar do pouco tempo, já estamos conseguindo bons resultados. Estamos todos unidos contra a bandidagem”, contou Ademir Picolotto, um dos membros da comissão de segurança.
Segundo os organizadores, praticamente todas as residências já foram alvos dos bandidos. Em alguns casos, os criminosos invadem as casas mesmo com os moradores dentro. Em outros, pularam muro de mais de 4 metros e escalaram uma sacada de residência de mais de 5 metros usando cordas de varal.
“Sabemos da situação da nossa Polícia Militar e da falta de efetivo. Não podemos esperar tudo da segurança pública e, por isso, resolvemos nos unir”, completou Picolotto.
A primeira reunião do grupo contou com a presença do deputado Valdir Cobalchini, que sugeriu a confecção de um ofício para buscar a instalação de câmeras de vigilância através do programa Bem-Te-Vi. Outras sugestões importantes saíram do primeiro encontro. “Já estamos fazendo orçamento com empresas de segurança para a instalação de um posto avançado dentro do loteamento. Assim, com o monitoramento nas residências, diminuímos o tempo de chegada dos vigilantes”, explicou Picolotto.
Os moradores contam que a ação dos bandidos está sendo cada vez mais minuciosa, utilizando automóveis e, em um dos casos, um Corsa com placas clonadas de outro veículo, do Mato Grosso do Sul.
A péssima iluminação pública no loteamento é um dos grandes problemas apontados pelos moradores e que facilita a ação dos bandidos. Em um dos locais, inclusive, faltam lâmpadas em postos em frente a um terreno baldio da própria Prefeitura.
Outro caso é um matagal de um terreno abandonado ao lado do clube 29. De acordo com os moradores das redondezas, os proprietários não se preocupam em fazer calçada e, nem ao menos, em realizar a roçada e o local se tornou alvo desova de produtos furtados e de uso de drogas.
“Vamos continuar as nossas ações para acabar de uma vez por todas com a ação dos criminosos. Estamos nos unindo e, temos certeza, que com isso teremos muito mais força, principalmente na velocidade da nossa comunicação. Se um vizinho ver algo estranho, já pode informar os outros e acionar a nossa segurança”, finalizaram os moradores.