Promessa
O deputado Federal, Celso Maldaner, apareceu em Caçador nesta semana para fazer uma promessa que dificilmente ele vai cumprir: R$ 6 milhões para o Maicé.
Ótimo! Mas, atenção: é apenas uma promessa, o que não significa que essa grana já foi liberada. Aliás, para esta liberação acontecer, e se um dia acontecer, existe uma burocracia imensa. Primeiro, os projetos precisam ser aprovados no Governo Federal.
Depois, encaminhados para uns 30 setores diferentes e, em seguida, encaminhado para umas 20 pessoas liberarem.
Depois disso, é preciso ter dinheiro disponível. Somente depois de tudo isso, se houver boa vontade no final, a grana poderá estar na conta do hospital. Ou não.
Promessa 1
Apenas para constar: esse projeto de R$ 6 milhões foi encaminhado para a ex-deputada Luci Choinack pelo Conselho Consultivo do Maicé. Como ela não conseguiu dar sequência ao trâmite legal (todas aquelas etapas que citei ali em cima), o projeto foi engavetado. O que Maldaner fez foi apenas pegar o projeto de volta para então levar para Brasília e começar todo aquele longo e burocrático caminho para buscar o recurso.
Promessa 2
Digo isso e cito como exemplo que, há mais de 2 anos, o Governo do Estado prometeu liberar R$ 1,6 milhão para o Maicé. A assinatura dessa liberação aconteceu 4 vezes e todas foram noticiadas. Só que a verdade é que esse lendário R$ 1,6 milhão começou a ser liberado em parcelas somente agora. Mas, como o anúncio saiu por várias vezes, a população pensa que a grana já está na conta. E não é bem assim.
Outro exemplo é a promessa de R$ 500 mil do deputado Valdir Cobalchini para o Maicé, que já completa 1 ano e, até agora, não apareceu na conta do hospital.
Promessa 3
Pelo contrário, existem bons exemplos de promessas que foram concretizadas. Cito aqui os nomes do deputado Romildo Titon, que liberou recursos para a compra de novas máquinas de lavar; do deputado Esmael dos Santos, que arrumou verba para a compra de equipamentos; da deputada Luciane Carminatti, que conseguiu um mamógrafo novo para o Maicé; do ex-deputado Reno Caramori, que conseguiu novas autoclaves; e o prefeito Beto Comazzetto, que está liberando recursos mensais para custeio do hospital.
Promessa 4
Mas, são as promessas não cumpridas que fazem a classe política estar cada vez mais em descrédito com a população. O próprio Henrique Prata, diretor do Hospital de Barretos, quando fez palestra para em Caçador, fez questão de dizer que não se pode esperar que a classe política resolva a saúde, porque isso é utopia. É preciso a comunidade se unir se quiser ter saúde de qualidade.
Prova disso foi que a classe empresarial teve que começar a gerir o Maicé, porque se fosse depender apenas da classe política, já havia fechado as portas.
É muito fácil chegar aqui e usar o Maicé, que está em evidência por causa do trabalho do Conselho Consultivo, e lançar promessas ao vento, chamar a imprensa e divulgar uma coisa que dificilmente pode acontecer.
Quem vê de fora, pensa que está vindo um caminhão de dinheiro para o hospital o que, pelo contrário, não é verdade.
Promessa 5
Por isso, reforço o título desta coluna: quero estar vivo para ver acontecer a liberação (dinheiro na conta) dos R$ 6 milhões prometidos pelo Maldaner.
Que ele se espelhe nos cumpridores de promessa para a saúde de Caçador!